Dias 08 e 09 de março, no Parque Cimba, a V Feira integra a programação para o Dia Internacional da Mulher
Por CPT Araguaia-Tocantins
Foto: Ludimila Carvalho
No norte tocantinense, a 5ª Feira Expositiva da Agricultura Familiar e Artesanato das Mulheres Camponesas promete encantar visitantes e consumidores com a diversidade dos produtos da agricultura familiar vindos de 30 comunidades camponesas do estado. A feira acontecerá no Parque Cimba (Araguaína-TO) nos dias 08 de março a partir das 14h00 e 09 de março das 7h00 às 12h00. Trata-se de um evento em reverência a luta e trabalho das mulheres camponesas e tradicionais que dedicam suas vidas à produção de alimentos saudáveis e artesanatos únicos.
A feira reunirá agricultoras familiares, indígenas, quilombolas e artesãs de todo o norte do Tocantins, e proporcionará uma oportunidade única para o público conhecer e adquirir produtos frescos, sem veneno, orgânicos e sustentáveis diretamente da roça para a mesa dos araguainenses. De hortaliças e frutas frescas a produtos artesanalmente produzidos (doces, temperos, compotas, queijos, remédios naturais etc.), os consumidores encontrarão uma variedade de opções para encher suas cestas e apoiar a geração de renda e autonomia das mulheres camponesas do estado.
Além dos produtos alimentícios, medicinais e ornamentais, na feira também haverá uma pluralidade de artesanatos, incluindo peças de barbante, cestarias, bordados, tecelagem, biojóias e muito mais. Cada peça carrega consigo a história e o modo de vida das comunidades camponesas do Tocantins proporcionando aos consumidores uma verdadeira experiência cultural.
Foto: Ludimila Carvalho
A feira também contará com apresentações culturais na noite do dia 08 de março, como apresentações musicais, danças, poesias e outros.
A 5ª Feira Expositiva da Agricultura Familiar e Artesanato das Mulheres Camponesas do Tocantins é realizada pela Comissão Pastoral da Terra Araguaia-Tocantins e tem o apoio da Rede de Proteção Flores de Sucupira, do Instituto Mulheres e Economia, da Articulação das CPT’s do Cerrado, da Misereor, da Cáritas Diocesana, da UFNT (PPGCULT, DAEP, PROEX, NEUZA, PROCAD), da UFSCar, da Queen Mary University of London e da Secretaria Municipal de Cultura de Araguaína.
É uma oportunidade imperdível para a sociedade araguainense apoiar as comunidades e povos do campo e da cidade que produzem vida e soberania alimentar, bem como valorizar os saberes e fazeres camponeses, e desfrutar de produtos frescos e artesanais de alta qualidade. Todas e todos estão convidados a participar, celebrar e conferir a riqueza e a diversidade da agricultura familiar tocantinense.
Mais informações:
Laudinha Moraes (CPT) – Telefone: (63) 99117-4809 / e-mail: laudinhamoraes@hotmail.com
Ludimila Carvalho (CPT) – Telefone: (63) 99218-7626 / e-mail: ludimila.c.santos14@gmail.com
Com informações da CPT Regional Amazonas
Foto: Equipe CPT Amazonas
Cerca de duzentas famílias da comunidade indígena Nusoken, nativa e residente no entorno da cidade de Manaus – Região do Tarumã, têm enfrentado muitas dificuldades para ter o seu direito ao território reconhecido, uma situação de negação que é vivenciada por outras comunidades indígenas em contexto de urbanização. Com o objetivo de escutar esta realidade e pensar soluções coletivamente, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) Amazonas, CPT Arquidiocesana de Manaus e instituições parceiras têm se reunido periodicamente com a comunidade, desde o final de 2023.
No dia 17 de dezembro, o grupo recebeu uma ordem de reintegração de posse de forma arbitrária, às 6h da manhã, numa ação coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, em conjunto com a Polícia Militar, policiais federais, agentes do Corpo de Bombeiros, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, SAMU e da concessionária Amazonas Energia. De forma desrespeitosa, a desocupação incluiu a demolição de casas de madeira construídas no local e barracas de produção e venda de artesanato, afetando comunidades das etnias Kokama, Sateré-Mawé, Tikuna e Munduruku.
As famílias tentaram retornar para a ocupação de onde saíram, mas foram recebidos a bala, por seguranças ou pistoleiros armados, suspeitos de serem policiais disfarçados armados trabalhando de segurança para o proprietário do terreno. Inclusive, uma das pessoas foi ferida no rosto com um estilhaço de uma bala, que acertou o muro.
Com a retirada forçada, as famílias procuraram abrigo nas casas de parentes e amigos, ocupando espaços com famílias que já pagam aluguel. Devido à perda dos espaços de produção de artesanato, a dificuldade econômica e de acesso a alimentos se agravou, e assim, as organizações se comprometeram a solicitar o cadastro da comunidade no programa Prato Cidadão, e encaminhar o caso ao Conselho de Segurança Alimentar do Amazonas, além do Auxílio Aluguel, enquanto a situação do território ainda se resolve.
A reunião mais recente aconteceu na última sexta-feira (23/02) no espaço da Arquidiocese de Manaus, e teve como objetivo encaminhar uma Audiência Pública com as instituições indígenas, sociedade civil, religiosa, órgãos de regularização fundiária do Estado do Amazonas, da União e do Judiciário, assim como pedir aos órgãos de regularização fundiária a cadeia dominial, para ver os procedimentos de aquisição do terreno da parte que está afirmando ter o documento da terra. A área supostamente pertence ao Estado, mas tem sido reivindicada por um hospital particular.
Também foi encaminhada uma análise do processo de reintegração de posse, para ser enviado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), caso haja alguma irregularidade. A fim de atender algumas pessoas da comunidade que estão necessitando de atendimento psicológico, devido aos traumas da desocupação, a CPT encaminhou ao setor de Psicologia gratuito da Arquidiocese.
A comunidade avalia como desrespeitosa a afirmativa de que “na comunidade Nusoken, nem todos eram indígenas”, constante no texto de reintegração de posse. Segundo informações antropológicas de estudiosos, a terra do Tarumã é terra da Etnia Turuaçu, que foi rapinada pelos brancos. Outra possibilidade é a criação de um território nas terras públicas próximas à cidade, para abrigar de forma coletiva essas comunidades nativas, já que a Funai, pela sua legislação, não ampara indígenas urbanos.
“O nosso estado do Amazonas, com a maior população indígena, está sempre sendo desrespeitada. Muitos despejos estão acontecendo na cidade de Manaus. Precisamos ser ouvidos pelas autoridades. São 71.313 indígenas desamparados”, afirmou uma liderança Mura presente na reunião.
Nativos Urbanos desalojados e sem moradia IMPORTAM!
Entidades requerem que o Instituto de Terras, INTERPI, negue pedido de legalização de terras griladas no Sul do Piauí
Por Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
Território da comunidade Barra da Lagoa. Foto: Mariella Paulino/RSJDH
Após tomarem conhecimento da existência de processos administrativos para "reconhecer o domínio" e "fornecer declaração de conformidade" dos limites de propriedades para supostas fazendas que se encontram em territórios de comunidades tradicionais, entidades requerem que Instituto de Terras do Piauí (Interpi) não atenda ao pedido de legalização de títulos fraudados.
Em 22 de fevereiro, o Interpi recebeu notificação do requerimento, assinado pelas seguintes organizações: Coletivo de Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado, Comissão Pastoral da Terra, Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, Campanha Nacional em Defesa do Cerrado e Associação dos/as Advogados/as dos Trabalhadores/as Rurais.
As organizações fundamentam o pedido nas leis estaduais que proíbem o reconhecimento de fazendas adquiridas por meio de fraudes, como é o caso dos imóveis suspeitos "Fazenda Figueira Gaúcha" e "Fazenda Por do Sol".
Estas áreas se localizam dentro do território da comunidade tradicional Brejo das Meninas, e os desmatamentos causados por grileiros impactam também as comunidades de Chupé e Barra da Lagoa.
Recentemente foram constatados desmatamentos na área dos imóveis grilados, localizados na Chapada Fortaleza, no município de Santa Filomena, Sul do Piauí.
As entidades também protocolaram o documento no Ministério Público Estadual e na Promotoria Regional Agrária, para que estes órgãos tomem as devidas providências para garantir o direito das comunidades em continuar nos territórios onde vivem há diversas gerações.
Leia a íntegra da notificação aqui.
O coletivo de autocuidado da CPT se propõe a contribuir com formatos de relações sociais a partir do cuidado com o corpo e mente para fortalecer as relações e a militância de seus agentes
Terê Menezes | CPT Piauí
Fotos: Lina Cunha
Quem cuida de quem cuida? Essa é a pergunta que vem sendo respondida nos últimos anos pelo grupo de autocuidado e cuidado coletivo da CPT. Contribuindo, pensado e se articulando na construção interna de ambientes, relações e corpos saudáveis, o grupo trabalha para fortalecer a autonomia das pessoas, dos grupos acompanhados e da missão de ser presença fraterna, profética e solidária junto aos povos do campo.
Para isso, durante os dias 21 a 24 de fevereiro, no espaço Amanduart em Brasília-DF, ocorreu mais um encontro de autocuidado e cuidado coletivo para agentes de diferentes regionais e voluntários da CPT. O Encontro foi assessorado por Mariano Pedroza, Formador Internacional da Técnica de Redução de Estresse (TRE), técnica desenvolvida por David Berceli e que se propõe a ser uma ferramenta de autocuidado.
Uma vez aprendida a técnica, a pessoa pode utilizá-la para promover a saúde e a qualidade de vida, assim como para lidar com situações de estresse. Mariano trouxe elementos de pesquisa sobre os benefícios da prática e da inclusão da técnica no rol das Práticas Integrativas de Saúde (PIC’s) pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que amplia a credibilidade da técnica nos grupos adotados.
Autocuidado e cuidado coletivo é cuidar também do institucional. Diversas são as situações de estresse vivenciadas pelos agentes da CPT quando, constantemente, se vêem em cenários de conflitos no campo. Esse cotidiano impacta as pessoas envolvidas nos territórios, as pessoas ameaçadas, suas famílias e os agentes que acompanham tais situações de conflitos. Nesse contexto de estresse, o dia a dia do trabalho da CPT se torna tenso e as relações de trabalho também podem sofrer desgastes em diversos níveis.
Durante o encontro, o grupo vivenciou, além das práticas de TRE, outras técnicas de autocuidado e cuidado coletivo, todas são bem vindas nesse processo de promoção da saúde. Algumas já praticadas pelos agentes do coletivo de autocuidado ou por outros agentes e comunidades são: Reiki, massoterapia, ventosas, reflexologia podal, auriculoterapia, aromaterapia, benzimento, passe, pajelança, oração/espiritualidade, banho de ervas, emplastos, fitoterapia, bibliodrama, teatro do oprimido, chás, escalda pés, relação com a natureza, entre outras práticas.
Unir o conhecimento de cuidado coletivo tradicional, acrescentando outras práticas integrativas de saúde, fortalece e enriquece o rol de aprendizados, ampliando possibilidades para agentes e comunidades atendidas.
Histórico da formação de Autocuidado e Cuidado Coletivo
Em 2016, pensando no impacto que seus agentes sofrem enquanto defensores de direitos humanos envolvidos no contexto direto ou indireto de conflitos no campo, ou mesmo incluídos nos grupos de ameaçados por conta desses conflitos, a CPT deu início à primeira turma de formação em autocuidado e cuidado coletivo. Em seguida, em 2018, uma segunda turma se inicia, ambas com o estudo da Técnica de Redução de Estresse.
Observou-se, dentro da Pastoral, o adoecimento de seus agentes, diante disso, foi proposta como linha de ação estratégica, o incentivo ao autocuidado e cuidado coletivo. Entendendo que tais pessoas envolvidas nos acompanhamentos aos conflitos, devem/precisam estar bem para poder cuidar dos outros, das comunidades, dos povos ameaçados, etc. Esse “estar bem” significa maior concentração, respostas mais exatas e eficientes aos diferentes contextos de conflitos, fortalecimento da militância e continuidade da missão da CPT.
Durante o processo de formação, e depois dele, já foram identificados diversos benefícios individuais nos grupos em que foram aplicados a prática. Parte do propósito dessas formações está descrito no texto produzido pela segunda turma e publicado no jornal Pastoral da Terra, edição 255, página 15, com o título: “Autocuidado é existir para resistir”. Você pode acessar o texto clicando aqui.
Imagem: Divulgação
Projeto contou com o apoio do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em Marabá/PA
Do blog Furo na Geografia (Rogério Almeida)
“Neste acampamento tem
Produção de alimento
E uma escola que ensina
A arte do movimento,
Para enfrentar o governo
Pra produzir seu sustento.
Enfrentando o latifúndio
Pra conquistar nossa terra
Numa luta desigual
Parece até uma guerra
Tem morrido no conflito
Trabalhadores sem-terra.”
(Trecho do cordel “As pelejas territoriais em Carajás – A Saga Do Bicho Homem Contra Com O Capital”)
O trecho do poema acima faz parte do livro “A Destruição da Amazônia pela besta fera do capital e outros cordéis”, do dirigente sindical e ambientalista Francisco Valter Pinheiro Gomes, o Ceará do Pará. O livro será lançado em dois momentos no mês de março.
O primeiro lançamento será na próxima sexta-feira (01) às 09 h, na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), em Marabá/PA, e o segundo em Santarém/PA, no dia 07, no espaço cultural Quintal Sapucaia, a partir das 19 h, como parte do evento coletivo denominado de “Puxirum de Ideias”, que contará com lançamentos de obras de professores/as da Ufopa.
A obra reúne quatro livretos de cordel produzidos pelo escritor desde os anos iniciais da década de 2000. Além do que já citamos (“As pelejas territoriais em Carajás”) e o que dá nome ao título do livro (“A Destruição da Amazônia pela besta fera do capital”), ainda constam os cordéis “O Dragão da Mineração em Carajás” e “Acampamento de camponeses em Marabá de 2001 – a peleja construída e contada pelo trabalhador rural.”
No conjunto da obra, Ceará registra as formas de r-existência dos seus iguais, a exemplo do cordel que recupera a ação direta dos camponeses no início da década de 2000. Os grandes acampamentos de Marabá, como a ação ficou reconhecida, aglutinava perto de 20 mil pessoas na frente da sede do INCRA. O ato demonstra a enorme capacidade de organização do conjunto dos movimentos sociais ligados à luta pela terra, em plena conjuntura do avanço de políticas neoliberais.
As políticas públicas desenvolvimentistas impostas para a Amazônia também inquietam o cordelista. Nele, Ceará alumeia os sujeitos das pelejas das disputas pela terra, trata das violências, dos crimes contra os camponeses e camponesas e responsabiliza o Estado autoritário pelo avanço do capital sobre a fronteira.
Para além da pecuária, em outra obra, o migrante e sindicalista trata do poder da mineradora Vale, na região sudeste do estado, onde Ceará reside e r-existe. Por conta da hipertrofia do poder da mineradora, ela é considerada uma empresa maior que o estado do Pará. A mineradora expropria, proíbe acesso à terra, à floresta e ao rio. Vigia e processa os que ousam denunciar os seus abusos.
O livro conta com prefácio, apresentação, os dois artigos produzidos no projeto de extensão da UFOPA “Luta pela Terra na Amazônia”, uma entrevista com o autor e os respectivos cordéis. Presença marcante na cultura popular, os cordéis de Ceará do Pará alertam a todos de que a mão que lavra a terra, afronta as cercas do latifúndio e de terras griladas, também se indispõe com as palavras, antes, monopólio de poucos.
Para a impressão da obra, o projeto contou com o apoio da Cese (Coordenadoria Ecumênica de Serviço) e a Cafod, uma agência internacional de desenvolvimento ligada à Igreja Católica. O projeto de extensão “Luta pela Terra na Amazônia” é coordenado pelo prof. Rogério Almeida, do curso de Gestão Pública, com a contribuição das extensionistas Glenda Flávia Guimarães Cunha, Luana Vitória de Sousa Brito, Bianca Emanuelle Bezerra da Silva e Yasmin de Souza Corrêa.
Para a produção do livro, o projeto estabeleceu diálogo com o escritor, educadores da Faculdade de Educação do Campo da Unifesspa, em particular com o professor Haroldo de Souza, com o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Marabá.
Na jornada, os professores e pesquisadores Airton Pereira (Uepa) e Fabíola Pinheiro doutoranda da Unir (Universidade Federal de Rondônia) colaboraram em debates sobre as disputas territoriais no sudeste paraense e sobre escrita científica. O artista Rildo Brasil, de Marabá, assina a capa e outras ilustrações do livro, assim como Thulla Christina.
O autor – Ceara do Pará nasceu Francisco Valter Pinheiro Gomes, em Quixadá, Ceará, na década de 1960, mas aportou em terras paraoaras entre os anos 1980-1990, em contexto marcado pela agenda neoliberal e recrudescimento da luta pela terra, quando sucedeu os massacres de Corumbiara (RO) em 1995 e Eldorado dos Carajás (PA), em 1996. Ceará acompanhou os grandes acampamentos de camponeses em Marabá, neste período, fato que deu origem ao seu primeiro livreto de cordel.
Foi militante do Sindicato dos Trabalhadores e da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Pará (Fetagri). Atualmente é dirigente do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e estudante do Curso de Educação do Campo, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Campus Marabá.
Da Coordenação da CPT Regional São Paulo
A coordenação estadual da COMISSÃO PASTORAL DA TERRA (CPT) DO REGIONAL SUL 1 DA CNBB, reunida nos dias 16, 17 e 18 de Fevereiro de 2024, na sede da Escola Nacional Paulo Freire, nesta capital paulista, junto com os Coordenadores Regionais, vem à público, através desta nota expor nossas posições com relação aos seguintes temas:
SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO
Não podemos fechar os olhos, não podemos nos calar!
11 mil crianças e 20 mil mulheres já foram assassinadas pelo Estado de Israel. Cerca de 1,1 milhão de crianças palestinas que vivem na Faixa de Gaza podem morrer de fome ou por doenças, caso não recebam ajuda humanitária.
Não confundimos o povo judeu com o governo de extrema direita de Netanyahu. A existência do Estado de Israel tem a mesma legitimidade de existir que o Estado da Palestina. O que a humanidade se insurge é contra o genocídio do povo palestino, causado pelos sionistas numa atitude racista e colonialista.
A CPT/SP SUL 1 acredita na liberdade, na democracia e na dignidade da vida humana.
Tudo que impede que estas três condições existam, nos impele a rejeitar e denunciar. Razões pelas quais, clamamos ao Senhor da vida que proteja os inocentes que estão sendo aprisionados num território de 45 quilômetros quadrados, população somada equivalente às populações das cidades de Sorocaba, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Ourinhos juntas.
Comparativamente, é como obrigar toda a população de Sorocaba, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Ourinhos, que se desloquem a um território do tamanho da regional São Mateus, que fica na Zona Leste de São Paulo, compreendendo os bairros de São Mateus, Iguatemi e Parque São Rafael e depois, obriguem esta mesma população a se deslocar para a metade deste mesmo território. É exatamente isso que está acontecendo em Gaza neste momento por ordem do exército de Israel.
Para além das bombas jogadas por aviões de guerra, das rajadas indiscriminadas de metralhadoras manuseadas por soldados israelenses e dos tanques de guerra que atiram a esmo na população civil palestina, este deslocamento sob ameaça de bombardeios, não oferece ajuda humanitária, não permite que medicamentos cheguem aos feridos e não tem água potável para esta população, deixando-as em um campo de concentração a céu aberto, cercados por todos os lados pelo exército de Israel, sem comida, sem acesso à hospitais, sem estradas e sem possibilidade de serem socorridas.
Não existe outra tipificação no Direito Internacional que não seja a de um genocídio com a complacência do governo norte americano e a ação direta do líder extremista da direita israelense, Benjamim Netanyahu.
Somamos a nossa voz a todos e todas que lutam pela liberdade do povo palestino!
COMISSÃO PASTORAL DA TERRA, SUL 1, São Paulo, 23/02/2024.
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Massacres no campo
#TelesPiresResiste | O capital francês está diretamente ligado ao desrespeito ao meio ambiente e à vida dos povos na Amazônia. A Bacia do Rio Teles Pires agoniza por conta da construção e do funcionamento de uma série de Hidrelétricas que passam por cima de leis ambientais brasileiras e dos direitos e da dignidade das comunidades locais.