Organização da Comissão Pastoral da Terra

O trabalho da Comissão Pastoral da Terra (CPT) abrange todo o território nacional e é realizado com autonomia. Ela é uma Pastoral que possui vínculos com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e está assim organizada:

São instâncias colegiadas, por isso, a Coordenação Executiva Nacional é composta por quatro coordenadores/as, e a Diretoria, formada por um presidente e vice-presidente, e um/a secretário/a, todos eleitos pela Assembleia, para mandato de três anos. 

É a instância de decisão primeira da CPT. Dela, participam os membros da Coordenação Nacional, dois agentes e um/a trabalhador/a de cada regional, o representante da Comissão Episcopal de Pastoral da CNBB, bispos e pastores e pastoras acompanhantes das CPTs regionais que participam efetivamente do trabalho da CPT, e os membros fundadores que ainda atuam na CPT, por meio de assessorias. A Assembleia é realizada anualmente.

A CPT está organizada em todo o território nacional em 21 regionais, que correspondem basicamente aos estados da Federação, com exceção da regional Nordeste II, que abrange os estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte; Bahia, da qual faz parte também Sergipe; Espírito Santo que integra o Rio de Janeiro. Ainda tem a CPT Goiás, que abrange o Distrito Federal, e Araguaia/Tocantins, que cobre o estado do Tocantins e a região Norte Araguaia do Mato Grosso, que corresponde à Prelazia de São Félix do Araguaia. Cada regional tem uma coordenação colegiada, eleita em Assembleia, de acordo com o regimento interno, e um Conselho.

As regionais, em razão das problemáticas comuns enfrentadas e da proximidade geográfica, se articulam através das seguintes seis Grandes Regiões:

  • GR Noroeste: Regionais Amazonas, Roraima, Acre e Rondônia
  • GR Norte: Regionais Pará, Amapá, Maranhão e Araguaia/Tocantins
  • GR Nordeste: Regionais Nordeste, Ceará, Piauí e Bahia/Sergipe
  • GR Sudeste: Regionais Minas Gerais e Espírito Santo Rio de Janeiro
  • GR Sul: Regionais São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
  • GR Centro-Oeste: Regionais Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

As equipes locais são a célula básica da organização e do trabalho da CPT, por serem presença constante na vida dos trabalhadores e trabalhadoras do campo. Elas acompanham os diversos grupos de trabalhadores/as e apoiam sua organização. A maior parte das equipes é formada por agentes voluntários. Diversas equipes estão diretamente vinculadas às regionais da CPT, outras são equipes diocesanas, ligadas às pastorais das Dioceses. Todas, igualmente, fazem parte do corpo da CPT.

A sede nacional da CPT está em Goiânia, Goiás. Nela, funcionam os serviços nacionais de Administração, Comunicação e Documentação, além da Coordenação Executiva. A partir da Secretaria Nacional, se articulam também as atividades nacionais de formação e incidência política.

Em 1999, a Assembleia Geral da CPT modificou seus Estatutos e decidiu pela realização de congressos, que têm caráter celebrativo e o objetivo de definir as grandes linhas de ação da CPT. Nos Congressos, a maioria das pessoas participantes é composta por trabalhadores e trabalhadoras do campo, reforçando seu protagonismo, e por agentes pastorais.

Eclesiais: A CPT se articula com as demais pastorais e organismos sociais ligados à CNBB. Sua vinculação direta se dá com a Comissão para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz. Ela articula-se também com a Pastoral Popular Luterana – PPL. Esta articulação é mais forte onde a presença da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil é maior. Também mantém relações mais próximas com a Igreja Metodista.

Com os movimentos sociais: A CPT integra o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo e participa do Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar. Ela compõe, como entidade de apoio, a Via Campesina Brasileira.

Internacionais: A CPT é membro da Pax Christi Internacional, sendo no Brasil seu elo de ligação. Com a FIAN Internacional, ela mantém um convênio de intercâmbio. Um agente da CPT atua na sede da FIAN, em Heidelberg, na Alemanha.

Instâncias colegiadas, a Coordenação Executiva Nacional é composta por quatro coordenadores/as, e a Diretoria, formada por um presidente e vice-presidente, e um/a secretário/a, todos eleitos pela Assembleia, para mandato de três anos. 

Natural de Araci, Bahia, estudou Filosofia no Seminário Diocesano de Vitória da Conquista e Teologia na Faculdade Beneditina do Rio de Janeiro. Foi ordenado presbítero em 1992 na Congregação Religiosa Vocacionista e atualmente é bispo Administrador da Prelazia de Itacoatiara e bispo nomeado da Prelazia do Marajó.

Foi eleito vice-presidente da CPT durante a 30ª Assembleia Geral da Pastoral, em 2018 e reeleito na 33ª Assembleia, em 2021. Após o falecimento do presidente recém-reeleito, Dom André de Witte, assumiu a presidência da CPT. Foi reeleito presidente na 37º Assembleia, em 2024.

Natural de Encruzilhada do Sul, Rio Grande do Sul, estudou Filosofia na Faculdade Imaculada Conceição (FAFIMC) e Teologia no Centro de Estudos Teológicos João Vianney (CETJOV). Cursou mestrado em Teologia Pastoral, junto a Universidade Lateranense, em Roma. Foi ordenado presbítero em 1993 e atualmente é bispo da Diocese de Vacaria.

Foi acolhido como vice-presidente da CPT Nacional em 2021, após o falecimento de Dom André de Witte e a consequente condução de Dom José lonilton Lisboa ao cargo de presidente. Foi reeleito para a mesma função na 37ª Assembleia da CPT, em 2024.

Nasceu no interior do estado de Nova York, nos Estados Unidos. Na faculdade estudou Biologia e Pedagogia e se tornou uma Irmã de São José de Rochester em 1967. Veio ao Brasil em 1976, trabalhando como agente pastoral. Desde 1981, faz parte da CPT, primeiro no regional Goiás, depois em Araguaia/Tocantins, atuando na Prelazia de São Félix do Araguaia/MT. Desde 2006 em Goiânia, trabalhou na digitalização do acervo da CPT sobre conflitos no campo, depois na Coordenação Executiva Nacional de 2015 a 2021.

Em abril de 2024, foi eleita membro da Diretoria com o cargo de Secretária e mandato de 2024-2027.

Nasceu em Maceió, Alagoas. É mestre em História pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e integra a Comissão Pastoral da Terra regional Nordeste II (CPT NE2). Antes de chegar à CPT, no final dos anos 1980, fez parte da Pastoral de Juventude do Meio Popular (PJMP) e foi secretário da Pastoral Operária (PO).

Foi eleito na 33ª Assembleia Nacional da CPT, em 2021, para a gestão da Coordenação Executiva Nacional da CPT e reeleito na 37º Assembleia, em 2024.

Nascida em Triunfo, Paraíba, camponesa de nascença e filha de uma benzedeira. É mestra em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e graduada em Geografia pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Compõe a CPT Sertão PB desde 2003 e foi eleita coordenadora regional da Comissão Pastoral da Terra regional Nordeste II (CPT NE2) por dois mandatos.

Foi eleita para a gestão da Coordenação Executiva Nacional da CPT na 37º Assembleia, em 2024.

Nasceu no Seringal Bananeira, no alto do Rio São Miguel, município de Guajará-Mirim-RO. Petrô é a oitava filha de um grupo de dez irmãos, de pai nordestino e mãe amazônida, e sempre bebeu dessa espiritualidade que vem das águas e florestas, acrescidas das santas devoções populares. Ainda jovem, foi provocada a lutar por mudanças em meio ao sistema de exploração dos seringais, sofrido por sua família. Desde então, tem feito sua militância pelo viés pastoral, primeiramente, pela pastoral da juventude e CEBs, posteriormente, pelo CIMI, onde teve uma experiência de dez anos junto aos povos indígenas, e em 2012, passou a atuar pela CPT, na regional Rondônia.

Em abril de 2024, foi eleita na 37ª assembleia nacional, como primeira suplente da CONAC, vindo a assumir a função de coordenadora em março de 2025.

Nasceu em Codó, no Maranhão, e fez parte da Pastoral da Juventude. Em 1997 ingressou no seminário interdiocesano Santo Antônio, onde cursou Filosofia no Instituto de Estudos. Em 2001, se tornou voluntário na secretaria da CPT/MA, contribuindo com o setor de documentação. Em 2011, graduou-se em História pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Em 2016 foi eleito pela Assembleia regional da CPT/MA para a coordenação colegiada e reeleito em 2018.

Foi eleito na 33ª Assembleia Nacional, em 2021, para a gestão da Coordenação Executiva Nacional da CPT e reeleito na 37º Assembleia, em 2024..