Desde a sexta-feira, 10 de setembro, famílias da comunidade quilombola Tanque da Rodagem, localizada em Matões, no Maranhão, impediam que funcionários, contratados por dois produtores de soja oriundos do Paraná, Eliberto Stein e Silvano Oliveira, se apropriassem novamente dos tratores que invadiram o território e desmataram imensas áreas de Cerrado na região. Acampados em um trecho da rodovia MA 262, as famílias vinham sendo ameaçadas por homens armados, que chegaram a impedir o acesso da Secretaria de Igualdade Racial à sede do município. Desde as primeiras horas do sábado, a Comissão Pastoral da Terra no Maranhão (CPT-MA), acompanhou a situação junto à comunidade.
No final da última terça-feira (14), uma ação da Polícia Militar apreendeu os tratores dos latifundiários e retirou a barricada construída para impedir o acesso à cidade. Apesar dessa ação, a comunidade segue acampada na rodovia junto a demais comunidades que se somam, já que homens armados continuam rondando o território. Diante desse cenário, a Articulação das CPT's do Cerrado manifesta apoio à luta do quilombo. Confira na íntegra:
Em conflito desde o dia 10 de setembro, a comunidade Tanque da Rodagem impede a apreensão de tratores que desmataram a região e continuam sendo ameaçados por jagunços. As famílias exigem, ainda, a titulação do território quilombola e proteção das famílias que estão sofrendo ameaças por parte das Secretarias de Segurança e Meio Ambiente do Estado.
Por Raízes do Cajueiro
Julgamento que pode definir o futuro dos povos indígenas, volta para pauta do Supremo na próxima quarta-feira, dia 8 de setembro.
Em menos de três meses, em plena pandemia de Covid-19 e violando duas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), juízes de direito do Maranhão autorizaram pelo menos quatro despejos.
Via Campanha Nacional Em Defesa do Cerrado
Ontem (23) fez dois anos da militarização da sede da Secretaria de Direitos Humanos do Maranhão como forma de repreender a ocupação pacífica dos moradores do Cajueiro. Moradores protestavam contra o despejo da comunidade.
Texto e foto: Coletivo Raízes do Cajueiro