“A festa da semente é um espaço de encontro entre as comunidades, de reflexão sobre os desafios atuais, conquistas e resistência para permanecer na terra e cultivar a mística e espiritualidade dos povos do campo”, descreve a Comissão Pastoral da Terra no Mato Grosso (CPT). Saiba mais:
Nesta sexta-feira, dia 18 de setembro, às 14 horas, a Comissão Pastoral da Terra Bahia (CPT), em parceria com a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus IV Jacobina, fará o lançamento de sua publicação anual, Conflitos no Campo Brasil 2014, no auditório da Universidade.
A Feira Camponesa Itinerante, projeto que percorre a cada mês os bairros da capital de Alagoas levando alimento saudável direto do campo para o consumidor, chega, nesta quinta-feira, 17, ao bairro do Poço, em Maceió.
Teve início nessa segunda-feira, 14 de setembro, a segunda etapa do Curso de Especialização em Direito Agrário, organizado pelas Pastorais do Campo em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG).
A primeira aula dessa nova etapa foi ministrada por Claudio Maia, historiador, professor do Mestrado em Direito Agrário da UFG e vice-coordenador da Especialização. O professor discorreu, entre outros temas, sobre a semiótica do Direito, ideia defendida por Moacir Palmeira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em que o estado disciplinou, a partir do Estatuto da Terra, a luta pela reforma agrária. Com isso, a luta muda de patamar, não se pode mais esperar do Estado nada além do limite constitucional, mas ainda é possível que através de negociações se consiga acordos que vão além do projeto de Estado vigente.
Ao mesmo tempo, analisou Maia, teve fim os mediadores na questão agrária, o camponês passou a poder falar diretamente com o Estado. A luta por reforma agrária, portanto, passou a ser também uma luta por cidadania. Os envolvidos nessa luta passam a aparecer como protagonistas sociais.
Composto por quatro módulos, dois em 2015 e dois em 2016, o curso tem cerca de 40 alunos e alunas, da CPT, do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), da Pastoral do Migrante, da Cáritas Brasileira e do Conselho Indigenista Missionário (CIMI).
Paulo César Moreira, da coordenação executiva nacional da CPT, destaca a importância do curso para a formação dos agentes das pastorais e para o seu trabalho com os povos do campo. “Cada vez mais o campo do Direito tem se tornado um campo de disputa, como também temos acompanhado a atuação conservadora e atrelada ao domínio econômico de diversos setores do judiciário brasileiro. Isso tem significado o agravamento de diversos problemas sociais, dentre eles os conflitos no campo. A consequência real para a luta pela terra tem sido o descaso e desrespeito aos direitos de povos e comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas, e também de milhares de famílias que lutam pela terra. Tem sido grave o aumento das liminares de despejo e o avanço de grandes projetos sobre a terra e os territórios. Nesse processo dois elementos são fortes, a violência e a impunidade. A importância desse curso é justamente refletir sobre essa realidade e potencializar o agente no debate e implantação de uma visão popular do Direito, que seja fiel ao processo de construção de uma sociedade mais justa e igualitária”.
O curso segue até o dia 26, em Goiânia (GO), na Casa de Retiros Nossa Senhora da Assunção.
Em Nota, Diretoria e Coordenação Executiva Nacional da CPT se manifestam sobre os inúmeros ataques que os indígenas Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, têm sofrido nas últimas semanas. Ataques que resultaram, inclusive, na morte de um jovem índio e em vários indígenas feridos. Confira o documento na íntegra:
Realizada na paróquia de Filadélfia, no dia 30 de agosto, a 36ª Missão da Terra da Diocese de Bonfim reuniu mais de oito mil pessoas de diversos cantos da Diocese.