Moradores do Seringal Rio Preto já foram alvo de outras tentativas de retirada forçada; donos da Fazenda Jatobá são acusados de homicídio, tortura e contratação de milícias; decisão ocorre apesar de suspensão das reintegrações de posse pelo STF.
Campanha Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo vem a público repudiar o confronto da última quarta-feira, 26 de maio, no sudoeste do Pará, entre grupos de garimpeiros e as forças de segurança, que culminou na invasão e no incêndio de casas da aldeia munduruku Fazenda Tapajós. Em Nota Pública, eles destacam que "historicamente, o garimpo se apresenta como alternativa para um contingente de trabalhadores em momentos de acirramento das vulnerabilidades sociais. É fundamental destrinchar o que está escondido por trás da palavra 'garimpeiro': uma ampla cadeia de exploração". Confira a Nota:
Apesar da presença da PF na área, um grupo de homens que estariam armados, invadiram a comunidade indígena fazendo ameaças e incendiando ao menos uma casa
No dia 31 de maio, próxima segunda-feira, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançará sua publicação anual, Conflitos no Campo Brasil 2020. É a 35ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro, bem como indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais do campo, das águas e das florestas.
Documento, publicado na quarta-feira (19), demonstra preocupação com ataques recentes às Tis e ressalta os graves efeitos da presença de garimpeiros ilegalmente nos territórios indígenas. No mesmo dia da publicação do documento, uma das comunidades Yanomami foi invadida por garimpeiros, em 10º dia de ataques, conforme informou o Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuanna (Condisi-YY), na quinta-feira (20).