Hoje, 5 de junho, é o dia escolhido pela ONU como o Dia Internacional do Meio Ambiente. Em tempos de catástrofes no mundo, seca prolongada no Nordeste, grande enchente no Amazonas, quando o capitalismo tenta se manter com a nova maquiagem da economia verde, às vesperas da Rio + 20, dois artigos nos ajudam a refletir sobre o tema. Economia Verde versus Economia Solidário, de Leonardo Boff e o Jardim e o Jardineiro, do monge Marcelo Barros. Vale a pena conferir.
A construção de usinas hidrelétricas no Brasil tem causado grande repercussão motivada por questões sociais e ambientais. Em um contexto econômico, a produção de energia e de usinas para produzir energia, tem adquirido uma grande importância mercadológica sob o argumento de desenvolvimento. No entanto, quem paga o preço dessa política econômica são pessoas que têm seu modo de vida alterado pela imposição da barragem. Este é o caso que ocorre em uma região do Pará, conhecida como “Terra do Meio”, localizada entre o rio Xingu e a BR-163, onde teve início a construção de um complexo de hidrelétricas.
Entre os dois eixos da Transposição de águas do Rio São Francisco, em direção ao território Pankará, onde o governo pretende instalar a primeira usina nuclear do Nordeste, no coração do Semiárido em período de seca, uma marcha de indígenas, quilombolas, movimentos sociais, populações urbanas, igrejas, homens, mulheres e crianças, inaugura a Rio+20 em pleno sertão de Pernambuco no dia 03 de junho.
Debater e encontrar soluções para a revitalização do rio São Francisco são os objetivos dos participantes do III Encontro Popular da Bacia do rio São Francisco, que inicia hoje, dia 25 de maio e se encerra no dia 27, no CEDIF, na cidade de Januária, norte do estado de Minas Gerais. Com o lema “Por uma revitalização Popular”, o evento quer, além do diagnóstico das obras de revitalização do governo, apontar outras formas de revitalização. Representantes de todos os cinco estados da bacia do rio São Francisco (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe), de movimentos sociais e de povos tradicionais (indígenas, quilombolas, pescadores) estarão presentes. O encontro também terá a participação de Roberto Malvezzi, assessor da Comissão Pastoral da Terra, especialista em temáticas sócio-ambientais.
Há um ano, no dia 24 de maio, eram assassinados Maria do Espírito Santo e José Claudio, um casal do assentamento Praialta Piranheira, no municipio de Nova Ipixuna, Pará, que lutava para defender a reserva do assentamento. No local da morte vai se realizar uma manifestação lembrando este crime e para reafirmar os compromissos de defesa do meio ambiente pelos quais o casal morreu. A CPT de Marabá, Federação dos Trabalhadores na Agricultura - FETAGRI Regional Sudeste e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras STTR de Nova Ipixuna divulgaram nota dando conta de como andam o processo relativo a este crime e as medidas adotadas pelo governo. Veja a seguir: