Fazendeiros fazem barricadas e cavam valas, enquanto projeto estadual pressiona comunidades tradicionais que lutam para manter suas terras no Vale do São Francisco; capitaneada pelo vice-governador, João Leão (Progressistas), Bahia quer derrubar moratória da cana
Por Caio de Freitas Paes
Via De Olho Nos Ruralistas
Na data em que se celebra o Dia Mundial da Água, atingidos manifestam repúdio por falta de acesso à água bruta e impossibilidade de retomada dos seus modos de vida
Por: Cáritas Regional Minas Gerais
Foto: Tainara Torres
Encontro também marca o lançamento virtual da 2ª edição da Revista Cerrados
Vídeo faz parte da #SemanaDaMulher Flores de Sucupira, que também terá espaços virtuais de diálogos e transmissão de live
De acordo com a coordenação da CPT em Goiás, é importante realizar este debate no meio acadêmico e valorizar produções científicas, como o artigo produzido pelo pesquisador Marcelo Scolari e Gabriel Medina, da Universidade de Brasília (UNB) e Marcelo Scolari, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Goiás (INCRA), no intuito de fortalecer a luta pela conquista e permanência na terra.
Mais uma manobra do governo Bolsonaro para “passar a boiada” está em curso. Bolsonaro assinou o Decreto nº 10.623/2021 criando o Programa “Adote um Parque”, colocando de vez uma pá de cal nas políticas públicas de conservação, recuperação e melhoria das Unidades de Conservação (UCs) federais. O Adote um Parque privatiza e transfere a responsabilidade pública para pessoas físicas e jurídicas privadas, nacionais e estrangeiras, promovendo a governança privada sobre territórios de interesse coletivo e social. Ontem (1°), o Ministério do Meio Ambiente divulgou a Portaria n° 73/2021 com uma lista de 131 unidades de conservação federais da região da Amazônia Legal para a primeira etapa do programa. A portaria estabelece valores de 50 reais, para empresas nacionais, ou 10 euros, para empresas estrangeiras, por hectare. O governo ecocida se libera de suas responsabilidades e faz uma verdadeira pechincha com os bens comuns do Brasil. Assim, o programa privatiza e transfere a responsabilidade pública que já está a cargo do Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para pessoas físicas e jurídicas privadas, nacionais e estrangeiras, promovendo a governança privada sobre territórios de interesse coletivo e social.
Uma articulação entre Organizações e Movimentos Sociais, entre elas a CPT, enviou, ontem, uma carta as/aos parlamentares no sentido de alertar e mobilizar para a necessidade de barrar essa atrocidade que coloca em risco nossas florestas e os direitos dos povos e comunidades tradicionais que ali vivem. A carta destaca que com essa ação, o “Brasil mais uma vez se afasta de sua obrigação em implementar os compromissos de enfrentamento da crise climática assumidos no Acordo de Paris, jogando para iniciativa privada sua responsabilidade de conservação e proteção dos bens comuns”. Leia a carta na íntegra:
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