Momentos de espiritualidade, análises de conjuntura, lançamentos e homenagem às mulheres marcaram a realização da assembleia regional na primeira semana de março
Na Carta das Mulheres Sem Terra, as camponesas denunciam as violências estruturantes, do sistema capitalista que agride os corpos e adoece as mulheres, a mercantilização da vida, dos territórios e da natureza.
Da Página do MST
Professora e escritora, ela também publicava em jornais, especialmente sobre a pauta abolicionista
Por Mariana Castro | Brasil de Fato
Comunidades ilhadas, estradas antes utilizadas pelos moradores transformadas em hidrovias – apenas a navegação de canoas é possível –, pastos alagados e infestados de canudos, gado abarrotado em pequenas áreas altas, inviabilizando a sobrevivência de parte das famílias de um lado. Do outro, lotes destinados aos irrigantes, cortados pelo canal de 42 quilômetros de extensão que conduzem a água potável disponível à parte alta do território. Este é o atual cenário em uma área de 124 mil hectares, cujas terras estão em disputa há pelo menos cinco décadas. As cheias do rio São Francisco agravam a situação dos povos tradicionais, ameaçados pelo faraônico Projeto de Irrigação Baixio de Irecê.
Rodas de conversas entre mulheres do Cerrado tecem lutas e resistências
CPT e Campanha Nacional em Defesa do Cerrado
Para única deputada federal indígena, projeto que libera mineração nos territórios é “carona para passar trator em nossos direitos”; texto voltou à pauta com guerra na Ucrânia. Para a parlamentar, presidente usa “a guerra da Rússia como argumento para que sociedade ache que é importante aprovar o projeto 191”. Porém, ela afirma que o discurso é “falso”: a maioria das jazidas de potássio, usado na fabricação de fertilizantes, "não está dentro das terras indígenas". “Esse é o ano da coerência e do compromisso: não basta dizer que apoia os povos indígenas se você vota a favor de projeto que os massacra e tira seus direitos”, afirma deputada sobre eleições.
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