Despejo forçado de moradores da comunidade do Cajueiro, zona rural de São Luís (MA), ocorre em meio à série de arbitrariedades relatadas por pessoas da comunidade e pela sociedade civil. Cerca de duas centenas de policiais militares foram mobilizados para retirar mais de 80 famílias da área para construção de um porto privado da empresa WPR São Luís Gestão de Portos e Terminais Ltda. Desde o domingo (11) a comunidade está acampada em frente ao Palácio do Governo do Maranhão.
O Seringal São Bernardo, na região de Rio Branco, no Acre, é também conhecido como Fazenda União III, e possui 17 mil hectares. A área está inserida na Bacia Hidrográfica do Riozinho do Rôla, que, ao todo, possui 763.695 hectares e se destaca como um dos principais afluentes da bacia do Rio Acre, contribuindo significamente para o abastecimento de água da capital. É uma área em conflito desde os anos 2000. No Seringal há mais de 30 anos, as famílias de posseiros vivem da extração de castanha, borracha e lavoura. Após um longo histórico de conflitos devido os planos de manejo sustentáveis, nesta última terça-feira, 06, dois jovens da comunidade foram agredidos ao longo de horas por policiais militares, conforme denúncia.
Em torno de 40 famílias de pequenos agricultores estão ameaçadas de despejo após ordem de reintegração de posse, no Ramal de Tauaruhã, situado a cinco quilômetros da cidade de Lábrea, no sul do estado do Amazonas. Parte da comunidade está situada às margens do Rio Purus, onde vivem há 22 anos, produzindo e abastecendo a cidade com alimentos.
Bispos do Regional Sul 2 da CNBB divulgam Nota de Repúdio ao despejo de 167 famílias do Acampamento Quilombo dos Palmares, feito pela Polícia Militar no dia 30 de julho, em Lerroville, Londrina, no Paraná. De acordo com o documento: "os bispos do Paraná vêm a público manifestar repúdio, quanto à forma como foram deflagradas as reintegrações de posse em Londrina; conscientes de que tal manifestação em defesa dos mais pobres se faz necessária, uma vez que seus diretos têm sido cada vez mais ignorados e violados em nossos dias, fomentando injustiças, violência e exclusão. Assim sendo, esperamos que sejam revistos todos os despejos nas terras paranaenses, tendo em vista que essas famílias estão há muitos anos trabalhando, produzindo agricultura de subsistência, educando os filhos e construindo comunidade em áreas pertencentes a grandes devedores da União ou do Estado que eram tidas, anteriormente, como improdutivas.Preocupa-nos o futuro dessas famílias, que de forma inesperada e agressiva, foram retiradas do seu espaço de convívio, trabalho e dignidade". Confira o documento:
Área está bloqueada pela Justiça Federal por escândalos de corrupção envolvendo o ex-deputado federal José Janene, esposo da proprietária da fazenda.
Desmatamento, loteamento ilegal e as constantes invasões ameaçam a vida do Povo Tremembé.