Entre as vítimas, havia uma criança de três anos. As famílias foram expulsas e ameaçadas de morte pelos pistoleiros.
(Página do MST)
Na madrugada da última segunda-feira (6), 11 pistoleiros fortemente armados invadiram o acampamento da fazenda Conjunto São Manoel, em Uruçuca, na Bahia, e espancaram 38 famílias Sem Terra, utilizando-se de chicotes. Entre as vítimas, havia uma criança de três anos. As famílias foram expulsas e ameaçadas de morte pelos pistoleiros.
A área, com 450 hectares, foi ocupada pacificamente pelos Sem Terra durante a jornada de lutas, no dia 18 maio. Desde o início do processo de negociação, a proprietária Marama Melo Badaró se colocou a disposição para destinar a propriedade para a Reforma Agrária.
Porém, durante este processo, contratou uma empresa particular de segurança que já vinha realizando ações de vandalismo no acampamento.
Os Sem Terra exigem, em caráter de urgência, uma posição da Ouvidoria Agrária Nacional e dos órgãos competentes para apuração e punição dos envolvidos na ação.
Além disso, solicitam do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) imediata providência com as famílias que foram expulsas e não tem para onde ir neste momento.
No Brasil, mais de 120 mil famílias estão acampadas. Para a direção estadual do MST, a Reforma Agrária é a condição indispensável para melhorar e garantir a distribuição de renda, a produção de alimentos saudáveis e de qualidade.
“A democratização da terra cria novos empregos no campo, no entanto na realidade brasileira a luta por Reforma Agrária ainda é tratada com descaso e violência pelo latifúndio e o estado, que não pauta de maneira emergencial a questão”, enfatiza a direção.
Os trabalhadores foram deslocados para outro acampamento e estão aguardando respostas da Justiça e do Incra.
A XXII Assembleia Anual do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) - Regional MS ocorreu nos dias 29 e 30 de junho, no Centro de Pastoral Indigenista, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O evento celebrou “37 anos em defesa da vida dos povos e do direito da Mãe Terra no MS”. Confira a Nota:
“Estamos felizes, mas queremos saber quem vai ser punido por essa maldade que fizeram contra a gente e quando nossa terra será demarcada”, questionou uma liderança indígena. Leia a matéria:
Em Brasília, cerca de 25 lideranças e professores indígenas dos povos Guarani, Terena e Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, manifestaram-se na tarde de segunda-feira (29), na Advocacia-Geral da União (AGU), pela revogação da Portaria 303/2012. Durante o protesto, responsabilizaram o Congresso Nacional, a AGU e o Supremo Tribunal Federal (STF) pela onda de violência contra os povos indígenas no estado.
Silêncio, chá de sumiço, amnésia seletiva e ameaças veladas no caminho de ‘Corumbiara, caso enterrado’, livro sobre um dos piores conflitos agrários do Brasil pós-ditadura. Conheça os bastidores e leia o primeiro capítulo do trabalho. A publicação será lançada no dia 20 de julho, em São Paulo. Confira:
Nessa área retomada no MS, enquanto eram atacados a tiros, os cerca de 60 indígenas do acampamento se dispersaram, em fuga. Na correria, duas crianças, uma de 11 anos e outra de 10 anos, desapareceram. Com o ataque, barracos, roupas e demais objetos dos indígenas foram incendiados.