Ministro Silvio de Almeida e Isadora Brandão recebem Comissão Pastoral da Terra em Brasília. Reunião faz parte de agenda ampla com ministérios por medidas contra o aumento da violência no campo.
Representantes da Coordenação Nacional e do Centro de Documentação Dom Tomás Balduino (Cedoc) da Comissão Pastoral da Terra (CPT) reuniram-se na manhã da terça-feira, 16, com o ministro de estado dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Luiz de Almeida, e com a secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Isadora Brandão.
A violência no campo é uma realidade cada vez maior entre os povos, territórios e comunidades rurais em todo o país. Nos últimos anos, vimos que a onerosidade, a negligência e até mesmo ações pensadas pelo Estado, associadas a implantação de uma necropolítica, proporcionaram o aumento da violência no campo no Brasil.
O estado acumula crescimento em casos de trabalho escravo e de trabalhadores resgatados, além de ações de pistolagem (256). Esses e outros números colocam o MT como líder no Centro-Oeste em conflitos por terra e água.
"Estamos há 15 anos na terra, agora sofremos dois despejos e ameaças pelos seguranças da fazenda, não podemos nem registrar um boletim de ocorrência, pois não somos reconhecidos". Este relato emocionado é de Marizete, trabalhadora da Gleba Pelicioli, situada na região de Santa Terezinha, no Mato Grosso.
Na última segunda-feira, 08 de maio, a Campanha Contra a Violência no Campo foi lançada em Mato Grosso do Sul. O evento aconteceu na sede do Armazém do Campo, em Campo Grande/MS e contou com a participação de diversos movimentos sociais e sindicais, autoridades, lideranças indígenas e camponesas, além de professores e pesquisadores universitários.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) Regional Mato Grosso realiza uma coletiva de imprensa, nesta terça-feira, dia 9, às 9h (horário de Cuiabá), para apresentar os dados e a 37ª edição da publicação anual Conflitos no Campo Brasil 2022, na sede regional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Cuiabá (MT). O relatório reúne informações sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores(as) do campo brasileiro, bem como indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais do campo, das águas e das florestas.