Pistoleiros atiraram na tarde desta terça-feira, 28, contra o tekoha Arroio Korá, do povo Guarani Kaiowá, localizado no município de Paranhos, fronteira do estado do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Por enquanto, não há notícias de feridos, mas a violência imposta pelos jagunços dessa vez não respeitou ao menos órgãos federais.
A CPT e CIMI Acre, desde sua fundação, cumprem sua missão de acompanhar as comunidades rurais e indígenas do estado do Acre e Sul do Amazonas. Temos claro que quando se mexe com interesses econômicos do latifúndio, de madeireiros e fazendeiros, não é uma tarefa fácil. Todas as ações contrárias ao saque legalizado e oficialmente subvencionado à floresta acreana incomoda um grupo cuja ação tem sido a sistemática inviabilização da permanência das comunidades em seus territórios. Historicamente, eles não receiam em utilizar meios violentos para seguirem expropriando.
Mais uma vez a invasão de terras indígenas está provocando tensão e mortes em Rondônia. Desta vez, o alvo foi um indígena da etnia Kaxarari, que ocupam uma área na região da tríplice fronteira entre Rondônia, Acre e Amazonas.
Tribos indígenas interditaram trechos em duas rodovias que cortam Mato Grosso, a BR-364 e 174. As etnias pedem o cancelamento da portaria 303 da Advocacia-Geral da União (AGU) de 16 de julho deste ano, que permite intervenções do governo e remarcações de terras indígenas.
Dado é indício de apropriação ilegal de terras, conhecida como grilagem. Problema é tão comum em RO, MS e GO que soma dos registros supera superfície dos próprios Estados.
A CPT MS declara solidariedade aos povos indígenas do Estado que lutam pela demarcação e homologação de seus territórios e repudia violência praticada por fazendeiros da região.