Movimentos sociais, entidades e organismos de defesa dos direitos humanos de Mato Grosso do Sul manifestam-se perante a repressão e mortes na Terra indígena Buriti e responsabilizam o Governo do Estado de MS, inimigo declarado dos povos indígenas; o Poder Judiciário e o Estado brasileiro e o Governo Federal, por não cumprir o mandato constitucional de demarcação das terras indígenas no Estado, que esta com 20 anos de atraso.
Otoniel Terena, irmão de Oziel Gabriel, indígena morto na manhã da última quinta-feira, 30 de maio, durante reintegração de posse em área da Terra Indígena Buriti (MS), tem uma certeza: o tiro que matou Oziel partiu de um grupo de policiais federais que tentava retirar os Terena da fazenda de Ricardo Bacha, incidente no território tradicional. O indígena afirma que o atirador estava entre 10 e 20 metros de Oziel.
Na manhã de hoje, 28 de maio, foi lançado na Câmara Legislativa de Goiânia, o relatório “Camponeses mortos e desparecidos: excluídos da justiça de transição”. Produto de uma pesquisa realizada por Gilney Viana, coordenador do projeto Direito à Memória e à Verdade, do governo federal, o relatório traz a história e a luta de 1.196 camponeses e camponesas desparecidos ou mortos pela repressão, durante ações de combate contra o regime militar instaurado no Brasil.
Ambientalistas foram homenageados no PDS Praia Alta Piranheira. Encontro entre parentes e amigos lembrou os dois anos do crime.
O CIMI divulgou Nota Pública nesta segunda-feira, 20 de maio, sobre as arbitrariedades que vêm sendo cometidas contra comunicadores de organizações sociais nos atos de luta pela garantia dos direitos indígenas. Confira o documento:
Segundo denúncias do CIMI, indígenas foram ameçados por pistoleiros, e delegado da Polícia Federal apreendeu, sem qualquer mandato, equipamentos do jornalista do CIMI, que estava no local, junto com representantes de organizações defensoras dos direitos humanos e outros jornalistas, acompanhando a retomada do território Terena.