Nos anos 2000, em Altamira, cidade pacata no centro do Pará, havia paz às margens do rio Xingu. A rotina de calmaria, porém, foi terminando ao mesmo tempo em que era erguida a usina de Belo Monte. Os números da violência estão ligados à chegada das obras e recursos, somada à falta de investimentos públicos no local.
O relatório emitido pelo Ministério dos Direitos Humanos, que servirá de base para avaliar o Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), omitiu o desastre ambiental de Mariana, o maior do país, com 18 mortos. Governo alega limite de espaço em documento da ONU.
“Dom Antônio sempre foi um firme e fiel apoiador das ações da Comissão Pastoral da Terra, que desde sua criação se estabeleceu nesta arquidiocese pelo respaldo que recebia desta Igreja”, destaca, em Nota, Dom Enemésio Lazzaris, presidente da CPT e bispo de Balsas, no Maranhão. Confira:
Com o tema "Biomas Brasileiros e a Defesa da Vida", a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente na quarta-feira de Cinzas (01) a Campanha da Fraternidade 2017. O lançamento será na sede da entidade em Brasília e será transmitido ao vivo a partir das 10h45 pelas emissoras de Tv católicas.
Iniciativa de venda de produtos orgânicos em Barro Alto (GO) por meio do aplicativo móvel beneficia produtores e consumidores.
(Fonte/Imagem: MDA)
Oito mulheres e uma ideia na cabeça têm mudado a vida dos produtores rurais do assentamento Lagoa Seca, no município de Barro Alto, em Goiás. Mas não só dos agricultores. Dos consumidores também. Há dois anos, o grupo de mulheres tem apostado no uso do WhatsApp para vender produtos orgânicos. Além de ofertar itens de qualidade, sem adubos químicos e livre de venenos, com a ajuda da tecnologia as agricultoras conseguem entregar tudo fresquinho, na porta de casa.
A troca de mensagens instantâneas é uma novidade no assentamento. Por aqui parece uma coisa antiga, mas lá, onde o sinal da rede não é regular, conseguir usar a internet como aliada é uma revolução. A coordenadora do grupo do WhatsApp, Ginercina de Oliveira Silva, de 46 anos, conta que a proposta surgiu depois de se inspirarem em um projeto parecido no Distrito Federal (DF). “Conhecemos uma comunidade de Brasília que tinha algo nesse sentido, mas aí pensamos no grupo. Criamos, adicionamos um monte de gente, mas, sabe como é, né? Associação de mulheres, distante, o sinal é bem ruim, mas insistimos”, afirmou a produtora.
O investimento valeu a pena. O grupo de mensagens já tem 200 pessoas inscritas e os pedidos chegam por lá mesmo. Ginercina organiza tudo com a ajuda da filha e da sobrinha, faz uma lista com os produtos que foram produzidos na semana pelas agricultoras e depois planeja as entregas das hortaliças, queijos, galinhas. “A gente percebe que essa agilidade melhora a qualidade do serviço, a velocidade da entrega, ou seja, chega tudo mais fresquinho. A gente faz tudo por venda direta, sem ter um atravessador, e está tendo uma boa aceitação”, comemorou.
LEIA MAIS: Produção de alimentos orgânicos motiva diálogo entre produtores
Um pedido de socorro por WhatsApp
Você já conhece a Campanha em Defesa do Cerrado?
Até surgir a ideia de aproveitar a dinamicidade do aplicativo, as produtoras tinham apenas as feiras como meio de vazão da produção. São duas na região: uma às quartas-feiras, que é a Feira do Produtor; e uma livre, no domingo. Segundo o diretor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg / Contag), Luiz Pereira Neto, de 55 anos, a iniciativa tem dado muito certo. “Antes, os lucros delas vinham apenas das duas bancas que tinham nas feiras. Hoje, elas têm o aplicativo. As vendas subiram para mais de R$ 1 mil para cada uma. Está muito bom e a expectativa é de expandir mais ainda”, avaliou Luiz Pereira.
Qualidade de vida
Além da vantagem de pedir os produtos pelo WhatsApp, os consumidores da região contam com mais um forte atrativo: os orgânicos. A produção dos agricultores familiares de Lagoa Seca é orgânica. Tem hortaliças, verduras, leite, ovos e frango caipira.
Conheça
O assentamento Lagoa Seca está situado em Barro Alto, distante cerca de 220 km de Goiânia, na região central de Goiás, no Vale do São Patrício, e abriga 27 famílias de trabalhadores rurais que se dedicam principalmente à criação de gado leiteiro. Ao todo, o município conta com três áreas da reforma agrária e uma população de aproximadamente 80 assentados.
Leia mais sobre o uso do WhatsApp na agricultura familiar aqui.
A Comunidade Quilombola Malhadinha, localizada no município de Brejinho de Nazaré, a cerca de 95 quilômetros de Palmas (TO), recebeu, no dia 03 de dezembro do ano passado, o II Encontro Tocantinense de Agroecologia. Durante a noite cultural, ocorreu o lançamento do primeiro Caderno de Agroecologia, que é uma iniciativa da Articulação Tocantinense de Agroecologia (ATA).
(Fonte: APA-TO – Alternativa para a Pequena Agricultura no Tocantins)
A publicação tem como objetivo contribuir para a divulgação das experiências construídas em diferentes contextos para que possam inspirar outros atores, a partir das lições e aprendizados gerados, assim como contribuir para o fortalecimento da identidade coletiva das articulações e mobilização social para a promoção da agroecologia no Tocantins e outras regiões.
Acesse a publicação: Caderno de Agroecologia – Alternativas para o Bem Viver
Neste Caderno há diversos artigos de representantes de organizações sociais que estão no dia a dia envolvidas na execução de inovações agroecológicas, sistematizadas por um conjunto de autores ligados a estas entidades.
O Caderno de Agroecologia foi viabilizado pelo projeto Agroecologia em Rede no estado do Tocantins, executado pela Alternativa para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO), que conta com o apoio financeiro de MISEREOR.