Povos tradicionais, indígenas e ribeirinhos convivem com o medo iminente de outras violações de direitos, como as execuções, torturas, prisões ilegais, perseguições e destruição de patrimônio registradas no mês de agosto. A situação está sendo apurada pelo MPF-AM.
Texto: Amanda Costa - Assessoria de Comunicação da CPT
Foto: Ricardo Oliveira
A situação de desaparecimento forçado é tema do relato de Josep Iborra Plans. Segundo o Fundo Brasil de Direitos Humanos, diferentemente da ditadura, hoje os desaparecimentos têm um carácter racista, pois envolvem na maioria das vezes jovens negros, das periferias, e camponeses sem terra, indígenas e comunidades tradicionais, no caso da região amazônica.
Em decorrência do massacre ocorrido na região do Rio Abacaxis, em começo de Agosto, a CPT Baixo Amazonas publicou nota em solidariedade aos povos indígenas Sateré-Mawé da Terra Indígena Andirá Marau, do município de Maués, aos tuxauas e a demais lideranças indígenas que fiscalizam a entrada de pessoas não indígena nas suas terras. O conflito, em questão, teria sido iniciado no dia 24 de julho, após o secretário executivo do Fundo de Promoção Social do Governo do Amazonas, Saulo Moysés Rezende Costa - com um grupo de pessoas -, ter adentrado a área do Rio Abacaxis para realizar pesca esportiva, sem licença ambiental e desrespeitando o isolamento social, por conta da pandemia.
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