Acampamento Che Guevara, em Piranhas (GO), tem 45 famílias sem-terra e recebeu ordem de despejo no último dia 20. O desembargador Fausto Moreira Diniz, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), suspendeu nesta terça-feira (9) o despejo de 45 famílias sem-terra que ocupam uma área de 2,7 mil hectares em Piranhas (GO) desde 2015.
As ONG's internacionais Front Line Defenders, Global Witness, Not1More e Washington Office on Latin America (WOLA) divulgam hoje (9) Nota Pública cobrando justiça pelo assassinato de Fernando Santos Araújo, sobrevivente do Massacre de Pau D'Arco. Fernando foi assassinato no dia 26 de janeiro. Era a principal testemunha do Massacre, ocorrido em 2017. A Nota destaca, "Fernando, cujo namorado foi vítima do massacre de 2017, estava testemunhando na investigação em andamento e havia reportado ter recebido ameaças por isso. Seu assassinato é uma clara tentativa de subverter o estado de direito e de intimidar a comunidade". Confira o documento em português e em inglês:
Por Yndara Vasques e Franci Monteles, jornalistas facilitadoras de oficinas de comunicação popular pelo Fórum Carajás
Foto: Franci Monteles
A ONG internacional Front Line Defenders enviou hoje (5) ao governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e Secretaria de Segurança Pública do Estado, Nota em que cobra que o Estado tome providências o mais rápido possível em relação ao assassinato do sobrevivente do Massacre de Pau D’Arco, Fernando Araújo dos Santos, ocorrido no dia 26 de janeiro último.
Viúva aos 30 anos e com cinco filhos pequenos, a lavradora Maria Rodrigues dos Santos Gomes relembra o dia que mudou sua vida. Há 30 anos Maria matou em legítima defesa o policial militar e pistoleiro, Marino Silva, que assassinou seu marido, Alonso Silvestre Gomes, lavrador e delegado sindical na zona rural de São Mateus, no Maranhão.
Apesar de o inquérito policial ter sido conclusivo a respeito de ela ter agido em legítima defesa, e por isso não haveria crime a ser julgado, a denúncia oferecida contra ela pelo Ministério Público Estadual foi de homicídio simples. A previsão de pena era de seis a 20 anos de reclusão. Uma intensa campanha por sua absolvição foi promovida ao longo de cinco anos. A CPT no Maranhão, a Animação Cristã no Meio Rural, a ACR, e o Movimento de Viúvas Vítimas de Violência no Campo, o MVC, empreenderam uma articulação nacional para reafirmar ao Judiciário e à opinião pública a necessidade de absolvição de Maria e a legitimidade da sua luta, que era, e é, a de milhões de povos originários, tradicionais e quilombolas, que têm na terra sua história, alimento e pertencimento. No dia do julgamento, em 27 de setembro de 1995, a cidade de São Mateus parou. Maria foi absolvida. A sentença foi aplaudida de pé por todos os presentes. Confira a história de Maria:
Em 25 de janeiro o MPF já havia alertado da possibilidade de ocorrer irregularmente a reintegração de posse