Mais de 250 pessoas participaram do evento, que aconteceu na zona rural de Friburgo, no Rio de Janeiro. Estiveram presentes agentes pastorais, povos do campo, representantes de universidades e outros. Confira:
A mais emblemática é a antiga fazenda Nova Alegria, onde aconteceu o Massacre de Felisburgo, que tirou a vida de cinco pessoas e deixou uma criança baleada no olho. Jornada Mineira por Reforma Agrária termina nesta quinta-feira (20).
Dois mil Sem Terra caminham rumo a capital para cobrarem do governo os compromissos assumidos com os camponeses mineiros. A marcha faz parte da Jornada Mineira de Lutas por Reforma Agrária.
Coordenadora da Contag afirma que governo tem de ser cobrado por mais diálogo e para que reveja política econômica. Mas vê machismo e golpismo em pressão política concentrada na presidenta. A marcha terá início na tarde de hoje, 11 de agosto.
(Rede Brasil Atual – RBA)
A quinta edição da Marcha das Margaridas será realizada em um momento delicado para a conjuntura política do país, avalia a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que organiza a mobilização. O objetivo é apresentar uma pauta de reivindicações que atenda às necessidades das mulheres que vivem e trabalham no campo e se contrapor ao conservadorismo político atual, que pode levar ao retrocesso das conquistas históricas dos trabalhadores brasileiros.
Marcada para começar na tarde desta terça-feira (11), em Brasília (DF), a marcha contará com a participação de 27 federações e 11 entidades parceiras. Entre os pontos principais da pauta, estão o fim da violência contra a mulher e o combate ao uso de agrotóxicos. Na quarta-feira (12), a presidenta Dilma Rousseff participará de um ato, no estádio Mané Garrincha, onde apresentará o compromisso do governo federal com as reivindicações listadas na pauta do movimento.
A Marcha das Margaridas é considerada a maior manifestação pelos direitos das mulheres no mundo. De acordo com a secretária de Mulheres Rurais da Contag, Alessandra Lunas, nos últimos meses o conservadorismo em diversos setores da política tem dificultado o acesso das mulheres a uma série de direitos, como o direito a educação, participação igualitária na política e ocupação de cargos nas esferas decisórias do país – além de colocar em risco direitos sociais já conquistados e a própria democracia. “Chegamos ao ponto de assistir a agressões machistas feitas à presidenta da República, sem nenhum pudor”, afirma.
Para ela, os ataques são um reflexo das diversas formas de violência dirigidas às mulheres no Brasil. Um ataque que vai além do que está sendo verbalizado. “O que nós mulheres vemos hoje é uma ofensiva raivosa contra o governo, mais do que algo real que esteja acontecendo. A gente sabe que tem segundas intenções neste processo.”
Alessandra afirma que os movimentos sociais não devem deixar de cobrar o governo federal para que reveja posições na área econômica que estão comprometendo o orçamento de políticas públicas e o crescimento econômico. Mas vê nos ataques da oposição a tentativa de atingir e desmoralizar todo o governo por questões de disputada partidária, sem nenhuma preocupação com as consequências para o país. “Quando se diz, com a prisão de José Dirceu, que o alvo é atingir quem o comandava, o recado já está sendo dado. Só não vê quem não quer”, afirma.
Em relação à presidenta Dilma, a dirigente da Contag avalia também que o machismo é um fator de peso nessa pressão política focada exclusivamente nela. E isto tem sido demonstrado em diversos momentos, como o tratamento desrespeitoso contra ela, manifestado em diversos momentos, como o que aconteceu durante a abertura dos jogos da Copa do Mundo e as próprias piadas envolvendo a figura da presidenta.
Para Alessandra, o momento é preocupante e exige uma reação efetiva da militância nas ruas, principalmente porque envolve a defesa da democracia e das conquistas históricas dos trabalhadores.
O Projeto Padre Ezequiel-PPE e a Rede de Agroecologia Terra Sem Males de Rondônia convidam a todos e todas para participar do Debate sobre Violência Agrária que será promovido HOJE, 11 de agosto, às 19h30, no Centro Diocesano de Formação-CDF de Ji Paraná (RO).
(Projeto Padre Ezequiel)
Este debate faz parte da programação do IV Módulo da Escola de Formação Continuada em Agroecologia e do 30° Aniversário de Martírio do Pe. Ezequiel Ramin, contando com a participação de representantes do MST, CPT, PPE e entidades ligadas à Rede de Agroecologia.
Local: CDF (Rua Aripuã, 982, Bairro Dom Bosco) – Ji Paraná – Rondônia
Data: 11.08.2015
Horário: 19h30
Entre os dias 8 e 13 de agosto, homens e mulheres do Brasil e do exterior irão percorrer estados brasileiros onde a mineradora Vale atua, mapeando violações de direitos cometidas e buscando visibilizar as denúncias locais.
(Atingidos pela Vale)
A caravana faz parte da programação do V Encontro Internacional dos Atingidos Pela Vale. No Brasil, a Vale tem empreendimentos em 13 estados brasileiros dentre eles Maranhão, Pará, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e mais Distrito Federal. Em relatório lançado em março deste ano, a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale enumera mais de 30 crimes e violações cometidas pela empresa dentre elas casos de espionagem de movimentos sociais e emprego de trabalho em condições análogas ao escravo em Itabirito (MG).
A publicação também apresenta casos de investimentos da Vale em projetos com pendências legais, associadas ao descumprimento da legislação de proteção ao meio ambiente, como o da fragmentação do licenciamento ambiental da duplicação da Estrada de Ferro Carajás. Em 2012, a Vale recebeu o “Public Eye Award”, o prêmio de pior empresa do mundo.
A caravana irá percorrer três estados e envolver cerca de 200 pessoas entre quilombolas, indígenas, pescadores/as, ribeirinhos/as, trabalhadores/as que vivem nos territórios diretamente impactados pela ação da mineradora e pesquisadores e organizações da sociedade civil envolvidos com o tema.
Gigante insustentável
Empresa privada de capital aberto com sede no Rio de Janeiro, a Vale S.A. é a maior mineradora do Brasil e a terceira companhia na indústria global de mineração de metais. Líder mundial na produção de minério de ferro e segunda maior produtora de níquel, a Vale destaca-se ainda na produção de manganês, cobre, carvão, pelotas, ferroligas e alguns fertilizantes. Presente em 27 países dos cinco continentes e em 13 estados brasileiros, além do Distrito Federal, a multinacional atua a partir de uma cadeia integrada entre mineração, logística (transporte do minério através de ferrovias aos portos), energia (produção para suprir a sua própria demanda energética, que é enorme) e siderurgia (processo de transformação do minério de ferro em aço). Cada etapa desta cadeia causa severos impactos sociais e ambientais que precisam ser analisados de forma integrada e articulada.
A articulação
A Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale é um grupo formado por sindicalistas, ambientalistas, ONGs, associações e movimentos de base comunitária, grupos religiosos e acadêmicos de oito países que desde 2010 denuncia as violações cometidas pela corporação multinacional.
*As datas e locais precisos de visitação das caravanas não serão divulgados por questão de segurança. Durante a realização das mesmas, será feita uma cobertura diária. As informações serão divulgadas nas redes sociais com a hastag #AtingidospelaVale e no blog atingidospelavale.wordpress.com