Confira o texto de Ruy Sposati, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) sobre o assassinato de indígena Munduruku - Viu as dragas e as balsas pegando fogo, enquanto sobrevoava o rio Teles Pires. Uma bomba passa ao lado do avião, à direita. No campo de visão de V., não havia indígenas. O bimotor desce – a pista de pouso não fora destruída. Havia rastros de sangue no chão, marcas de bala nos telhados e nas paredes. Espalhados pelo caminho, restos de cartuchos, munições e carcaças de bombas. Todas as casas estavam com as portas arrombadas.
O trabalhador rural Raimundo Nonato da Silva Chalub, conhecido como Rato, foi assassinado dentro de sua casa no dia 21 de novembro, no sul do município de Lábrea, Amazonas. Ele era conhecido por denunciar o desmatamento e grilagem de terras em assentamentos do programa “Terra Legal”. Segundo dados da CPT, esta é a segunda morte em 2012 relacionada aos conflitos por terra em Lábrea e a oitava desde 2006.
Construção de cisternas e adutoras são demandas antigas, mas que só recentemente foram consideradas pelos governos como solução para a convivência com o semiárido. Nesta seca, considerada uma das piores dos últimos anos, ficou claro que a voz do povo do semiárido precisa ser ouvida o quanto antes. Em entrevista a ADITAL, Roberto Malvezzi, o Gogó, falou sobre a quantas andam as políticas hídricas para o semiárido, chamou a atenção para a falta de água também nas cidades urbanas e abordou o comportamento do governo nesse contexto.
Após conseguir negociar com o governo, os agricultores da região oeste do Pará decidiram desbloquear o trecho da Rodovia Transamazônica na altura do Km 140 (Ponte Grande), município de Rurópolis, na noite desta terça-feira (20). Assim, o “Acampamento em defesa da vida: retomada da luta pela sobrevivência na BR 163 e Tapajós” encerrou nesta quarta-feira, após uma audiência com representantes do comitê do Programa Luz para Todos para discutir as demandas da região por acesso à energia.
O Cimi vem a público manifestar seu veemente repúdio à ação virulenta e assassina praticada pela Polícia Federal, na chamada Operação Eldorado. Usando o pretexto de cumprimento de ordem judicial que determinava a destruição de dragas de garimpos no Rio Teles Pires e de pontos ilegais de mineração, o delegado Antonio Carlos Muriel Sanchez comandou a invasão, no dia 07/11/2012, à Aldeia Indígena Teles Pires, no município de Jacareacanga, estado do Pará.