Neste ano a Comissão Pastoral da Terra (CPT) fez memória de suas histórias de luta em defesa dos povos do campo, das florestas e das águas através da Campanha #CPT40Anos. Isso porque, como o tema da campanha nos conta, entre julho de 2015 e julho de 2016 marcou-se o aniversário de 40 anos de atuação da Pastoral da Terra no Brasil.
Foram realizadas diversas ações de comunicação, de formação e celebrações durante 2016 com a participação de agentes pastorais, colaboradores, parceiros e, principalmente, camponeses e camponesas que lutam diariamente para ter seus direitos básicos garantidos. Em abril deste ano, por exemplo, os primeiros lançamentos da publicação Conflitos no Campo Brasil - relatório que reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro - foram realizadas, simultaneamente, em Brasília e Marabá (PA), em memória aos 20 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás.
Através das redes sociais e do portal da CPT a movimentação foi intensa. Publicações temáticas e séries de conteúdo foram divulgadas ao longo dos meses pautando temas como o resgate da memória da Pastoral da Terra, as Mães e Mulheres camponesas, informações sobre os conflitos no campo, a diversidade da cultura camponesa, entre outras pautas. O dia 1º de junho marcou o lançamento oficial dessa campanha, ocorrido em Mariana (MG) em solidariedade às comunidades atingidas pelo crime ambiental cometido naquela região.
Vale destacar, também, que a campanha extrapolou as portas e porteiras da CPT e contou com o apoio de diversos militantes, intelectuais e artistas engajados nas lutas camponesas. João Pedro Stédile, Leonardo Boff, Letícia Sabatella, Osmar Prado e Leonardo Sakamoto foram algumas das personalidades que demonstraram publicamente apoio ao trabalho da Pastoral da Terra.
Por último, porém, não menos importante, é preciso ressaltar que a Campanha da CPT colocou em prática projetos e ações que tem o objetivo de colaborar com a sustentabilidade financeira da Pastoral. O desenvolvimento de um novo portal, a confecção de produtos e o lançamento da Loja Virtual da CPT, pretendem se tornar fonte de recursos exclusiva para a manutenção dos trabalhos da Pastoral da Terra pelo Brasil.
A nossa luta continua
Como não poderia deixar de ser, é chegada a hora do encerramento das atividades que compuseram, juntas, a Campanha #CPT40Anos. Foram meses de trabalho árduo de centenas de homens e mulheres que somaram esforços para dar visibilidade às lutas que, rotineiramente, se tornam invisíveis. Todavia, com o fim desse período temático, o aprendizado recolhido nos aponta que esses esforços não podem cessar e a luta deve continuar. A Comissão Pastoral da Terra segue com seu trabalho nas trincheiras camponesas de nosso país e, também, com ações que visem apoiar financeiramente esta atuação.
Seja Companheiro/a da CPT:
Para contribuir com a continuidade deste trabalho, a Pastoral da Terra lança hoje a campanha permanente ‘’Seja Companheiro/a da CPT’’, que está relacionada ao trabalho de sustentabilidade da organização. O objetivo dessa ação é reunir pessoas que estejam dispostas a acompanhar e contribuir, não necessariamente financeiramente, com o trabalho da CPT. Quem se cadastrar receberá periodicamente informações sobre o andamento dos projetos e campanhas da CPT, materiais de formação, vídeos, sorteios, convites e, também, ficará por dentro de como colaborar e se integrar com essas histórias da forma que puder.
Para se tornar um/a companheiro/a da CPT basta se cadastrar preenchendo seus dados abaixo. Todo o procedimento de cadastro e participação nesse grupo é gratuito.
É com ressentido pesar e revolta que a Comissão Pastoral da Terra (CPT) denuncia mais duas mortes no campo em Rondônia. Mortes essas anunciadas. Dessa vez as vítimas foram Isaque Dias Ferreira, 34 anos, e Edilene Mateus Porto, 32, lideranças da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental (LCP) e do Acampamento 10 de maio. Na última terça-feira, 13 de setembro, por volta das 08h00, o casal foi covardemente assassinado. O crime ocorreu próximo ao lote da família, no Acampamento 10 de maio, na região de Alto Paraíso, distante 211 km de Porto Velho (RO).
A cabeça de Isaque foi destroçada. Essa parece ser uma assinatura bastante singular quando a vítima é liderança. Atualmente, pelo menos seis lideranças da LCP tiveram a cabeça esmagada pelos executores. Será uma tentativa de destruir suas ideias e inibir a luta de outros trabalhadores?
O casal sempre estava presente nas audiências da Ouvidoria Agrária Nacional de Combate à violência no Campo, onde denunciava a grilagem de terras públicas na região e reivindicava o assentamento dos/as moradores do Acampamento 10 de maio. Muitas vezes o casal também relatou as ameaças sofridas e as constantes perseguições – tudo, porém, ficou apenas nas atas.
Somente neste ano já foram brutalmente assassinados quatro membros do Acampamento 10 de maio. No dia 24 de abril, os irmãos Nivaldo Batista Cordeiro e Jesser Batista Cordeiro foram mortos quando saiam de moto do acampamento. E agora o casal. Não se trata de simples coincidência. Corre a notícia de uma lista com nomes de integrantes da LCP a serem executados. Dos dez nomes desta lista, apenas dois ainda estão vivos, conforme relatos na região.
O imóvel rural ocupado pelos acampados é terra declaradamente pública. Trata-se de uma área desapropriada e destinada à Reforma Agrária desde 1995, conforme Ação de Desapropriação de Número 0003578-35.1994.4.01.4100 (TRF1). O Ministério Púbico Federal (MPF) mais de uma vez conseguiu suspender as liminares de reintegração de posse na área, por tratar-se de terras da União.
No ano de 2015, Rondônia despontou no cenário nacional como o estado com o maior número de mortes em conflitos no campo no país. Foram 21 pessoas assassinadas. O número mais elevado de assassinatos de camponeses e sem terra já registrado no estado desde 1985, quando a CPT começou a divulgar os registros destes fatos. O mais grave, porém, é que essa onda de violência continua. Nesses nove meses de 2016, das 47 pessoas assassinadas no campo em todo o Brasil, 16 são de Rondônia, 30% do total.
Enquanto trabalhadores e trabalhadoras pobres são assassinados, parte da mídia joga sobre eles a responsabilidade pela violência no campo no estado. A impunidade campeia solta. Nenhuma das mortes que ocorreram em 2015 e 2016 foi devidamente apurada e os culpados julgados. Tem-se conhecimento apenas da prisão dos acusados de executar um jovem acampando e pelo desaparecimento de outro. Fato ocorrido em janeiro desse ano na fazenda Tucumã.
Exigimos que o Poder Público em todas as suas esferas cumpra seu papel e que ofereça pessoal e estrutura para apurar as mortes e punir os assassinos. A terra pela qual o casal morreu lutando era pública.
O campo em Rondônia mais uma vez está manchado de sangue. A terra que produz os alimentos e sustenta a vida continua sendo palco de injustiças e mortes. Enquanto o latifúndio avança, a luta sepulta seus mortos e acolhe seus órfãos.
Porto velho, 19 de setembro de 2016.
Comissão Pastoral da Terra em Rondônia (CPT-RO)
Mais Informações:
CPT Rondônia: (69) 3224-4800
Cristiane Passos (assessoria de comunicação da CPT Nacional): (62) 4008-6406 | 9307-4305
Elvis Marques (assessoria de comunicação da CPT Nacional): (62) 4008-6414 | 9309-6781
Antônio Canuto (assessoria de comunicação da CPT Nacional): (62) 4008-6412
Para promover sua nova Loja Virtual, que pode ser acessada através do site da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a CPT promove o sorteio #EuApoioaCPT, que terá duração de hoje (15) até a próxima quarta-feira (21). Para participar basta curtir a publicação de divulgação do sorteio e compartilhar marcando, no mínimo, três amigos. Também é preciso utilizar a hashtag #EuApoioaCPT e ter curtido a página da CPT no facebook.
Os prêmios serão variados e todos podem ser adquiridos na própria loja virtual da CPT. O primeiro sorteado levará para casa um exemplar de O Dom da Terra, uma camiseta CPT 40 anos, e uma caneca CPT 40anos; o segundo colocado ganhará uma camiseta da Campanha em Defesa do Cerrado e um botton da CPT; já o terceiro sorteado levará um exemplar de O Dom da Terra. Os nomes dos ganhadores serão divulgados no dia 22 de setembro através da página da CPT no facebook.
Vale ressaltar que contribuir com a Loja Virtual da Pastoral da Terra é apoiar as lutas em defesa da terra, dos povos do campo e das águas. A Loja é um projeto sem fins lucrativos que nasceu para contribuir com a sustentabilidade financeira do trabalho da CPT. Clique aqui para conferir os produtos disponíveis.
Confira, abaixo, o regulamento completo do Sorteio.
Regulamento do Sorteio da Loja Virtual da Comissão Pastoral da Terra
> Como participar:
Para participar do Sorteio da Loja Virtual da CPT é necessário:
> Duração e divulgação dos Vencedores:
O Sorteio #EuApoioaCPT terá duração de 7 dias corridos, tendo início no dia 15/09 e término no dia 21/09. Durante este período qualquer pessoa poderá participar e concorrer aos prêmios desde que cumpra os requisitos dispostos no item ‘’Como Participar’’ deste regulamento.
A divulgação dos vencedores será realizada no dia 22/09, um dia após o término do sorteio, através da página de facebook da CPT. Os ganhadores sorteados deverão entrar em contato com a Pastoral da Terra através do e-mail ozania@cptnacional.org.br
> Prêmios e número de ganhadores:
Serão sorteados três (3) ganhadores ou ganhadoras que preencham os requisitos dispostos no item ‘’Como participar’’. As premiações serão:
1º Nome sorteado: Um exemplar de O Dom da Terra, uma camiseta CPT 40 anos, e uma caneca CPT 40anos;
2º Nome sorteado: Camiseta da Campanha em Defesa do Cerrado e um botton da CPT;
3º Nome sorteado: Um exemplar de O Dom da Terra.
Os prêmios serão enviados para os endereços informados pelos sorteados em até 30 dias úteis após o primeiro contato ter sido feito entre o sorteado e a CPT.
A Cidade de Nordestina, na diocese de Bonfim, sediará 37ª Missão da Terra, organizada pela CPT – Comissão Pastoral da Terra - em parcerias com as paróquias do zonal 2 (Cansanção, Itiúba, Monte Santo, Nordestina e Queimadas). O evento acontecerá no dia 4 de setembro deste ano, com o tema “O sertão, nossa casa comum, “não é mercadoria”: geme e clama por misericórdia”.
(CPT Bonfim - BA)
Durante a preparação, a paróquia de Nordestina, assim como as demais paróquias e movimentos sociais do território da Diocese de Bonfim, realizarão encontros celebrativos sobre a temática da romaria, a fim de promover uma melhor formação dos romeiros e romeiras tendo em conta as questões que envolvem diretamente a vida dos camponeses e das comunidades.
A última Missão da Terra foi realizada em agosto de 2015 na paróquia de Filadélfia e reuniu mais de 8 mil pessoas vindas de várias paróquias.
A Missão da Terra
A Missão da Terra é um momento forte de celebração das lutas e de denúncia de tudo aquilo que ameaça a vida dos seres humanos e da natureza. O tema expressa o grito de socorro diante da forma como o estado, as empresas capitalistas vêm destruindo o meio ambiente e tentando expulsar o povo da terra e de suas comunidades tradicionais.
Tema:
Hoje a ganância de lucro concentra a terra nas mãos de poucos, como acontece em Nordestina, onde os lavradores ou são sem terra ou obrigados a viver em poucas tarefas de terra. Por outro lado a maioria das terras está concentrada nas mãos de fazendeiros e das empresas. E, agora, o Tribunal proibiu a Reforma Agrária.
Quanto à água, as mineradoras estão deixando as serras peladas. Secam as fontes, desaparecem os riachos e, além disso, se apropriam da água e destroem o meio ambiente.
A Criação pertence ao nosso Pai soberano e não a pequenos grupos que vem se apossando da terra e da água para lucrar. Os bens materiais não podem ser concentrados nas mãos de poucos, precisam estar a serviço de toda a humanidade, a partir dos princípios do cuidado e da sustentabilidade.
Que esta celebração da Missão da Terra nos faça entender o que o profeta Amós escreveu: "Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca".
O ato de fé, resistência e esperança sairá às 9h da comunidade do Costa que fica 3km de Nordestina, passando pelas ruas da cidade. Neste percurso acontecerão 3 paradas:
Primeira Parada, Portal da Cidade
Tema: “A ganancia destrói, mas o sertão resiste”
Responsável: Comunidades atingidas pela mineração
Segunda Parada: Praça da Prefeitura
Tema: “O rosto misericordioso de Jesus presente no sertanejo clama por vida digna”
Responsável: Frei Luciano Bernardi, CPT Bahia
Terceira Parada: Praça da Igreja de São João Batista
Tema: “Terra e água: É vida para todos sem exclusão”
Responsável: Lar Santa Maria, Escola Família e Movimento de Assentados e Acampados.
12h: Partilha da farofa
13 às 15h: Momento cultural: Apresentação de músicas, poesias, exposição de material das entidades e confissões;
15h: Celebração da Santa Missa presidida pelo Exmo. Bispo de Bonfim, Dom Francisco Canindé Palhano e concelebrada pelos padres presentes, concluindo com o envio dos romeiros(as) às suas casas.
"Mas o golpe está só no começo. Esta elite exige um pacote de reformas que serão o verdadeiro golpe aos direitos sociais e trabalhistas. O discurso de Temer, ao assumir a efetividade da presidência, deixou claro a que veio, qual seu projeto, a quem serve". Confira Nota Pública divulgada pela diretoria e coordenação executiva nacional da CPT sobre o golpe contra a democracia no Brasil:
A Diretoria e a Coordenação Executiva Nacional da Comissão Pastoral da Terra, no decorrer dos últimos meses mais de uma vez se manifestou sobre a crise política que o país vive. Hoje com o desfecho final do processo de afastamento da presidenta Dilma volta a se manifestar.
Efetivou-se o golpe e a vergonhosa anulação do povo no seu direito de ser governado por quem ele escolheu. Interrompeu-se a democracia com doses agudas de cinismo e traição. Instaurou-se um regime de exceção não declarado, que faz temer pelo futuro.
A CPT sempre se manifestou criticamente em relação aos últimos governos e seus muitos erros e poucos acertos, e por terem se rendido ao jogo das barganhas escusas entre políticos profissionais e empresários. Com isso não responderam aos anseios e necessidades mais profundas da população, por participação e direitos, como prometeram. Em especial os camponeses e camponesas, os sem-terra e, sobretudo, os povos indígenas, os quilombolas e outras comunidades tradicionais, foram preteridos no balcão dos negócios em que se chafurdou a política.
Mas o desfecho do processo é uma afronta à democracia. O fato de os senadores terem votado por manter os direitos políticos da presidenta afastada, deixa claro sua incoerência. Só queriam seu lugar por razões políticas inconfessas, mas que todos sabem. Foi impedida uma presidenta que não praticou crime de responsabilidade comprovado.
Na verdade o que se viu não foi um julgamento, mas o cumprimento de um rito formal e vazio de sentido democrático. O destino de Dilma Rousseff já havia sido acertado entre perdedores das últimas eleições e ex-governistas traidores. A elite empresarial e financeira que deu suporte ao processo cobrou a fatura ao Congresso Nacional. Incapaz de chegar ao poder pela via eleitoral, assalta-o pelo golpe, num monumental e reincidente desprezo pelo povo, o eleitor. Formalidades cumpridas, não se poderia classificar o ato como golpe, é o que tentam fazer o povo crer.
Mas o golpe está só no começo. Esta elite exige um pacote de reformas que serão o verdadeiro golpe aos direitos sociais e trabalhistas. O discurso de Temer, ao assumir a efetividade da presidência, deixou claro a que veio, qual seu projeto, a quem serve.
São três os principais golpes que afetam diretamente a vida do povo.
Reformas no direito do trabalho, com prevalência dos acordos entre patrão e empregado sobre a legislação trabalhista e favorecimentoda terceirização de atividades, aposentando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Reformas na previdência ampliando a idade mínima para aposentadoria e desvinculando do salário mínimo o reajuste da mesma E o golpe, tanto ou mais grave que os acima citados contra a Constituição, como propõe a PEC 241 de congelar o investimento público por 20 anos, atingindo gastos com educação, saúde e programas sociais.
Ademais, ao sacrificar novamente as populações do campo e das florestas, plantando divisão entre os movimentos camponeses para enfraquecê-los, anuncia-se uma reforma agrária cosmética, para facilitar a entrega de terras a estrangeiros e internacionalizar ainda mais o agronegócio. E para impor as reformas e reprimir resistências, criminalização e violência contra os movimentos e ativistas sociais, como já está acontecendo.
Se são tempos escuros os que vivemos, mais ainda os que virão no futuro próximo. Mas fazemos nossas as candentes palavras do antropólogo Carlos Rodrigues Brandão: “Essa hora é escura, mas é agora o momento de contra o escuro acender as luzes claras de nome esperança, e do chão levantar e se erguer”. Essa é a hora das ruas, praças e estradas do país, da luta e da resistência a se “somar com a ternura, a coragem e o sentido, o valor e o sabor” de quem sabe que a História é o povo quem faz, com festa, mesa partilhada, música e dança, mas também com lágrimas, suor e sangue, quando é preciso. “A hora é agora. Vamos juntos recriar a vida e da vida ... expulsar o medo, transformar o mundo”.
O IV Congresso Nacional que a CPT realizou no ano passado em Rondônia tinha como lema “FAZ ESCURO, MAS EU CANTO”, verso do poeta Thiago de Mello. Hoje, apesar de tudo cantamos, pois acreditamos que é da planície, das lutas do povo do campo da cidade, e não do Planalto que virão as mudanças que o Brasil continua a precisar.
Goiânia, 02 de setembro de 2016,
Semana da Pátria.
A Diretoria e Coordenação Executiva Nacional da Comissão Pastoral da Terra
Mais Informações:
Cristiane Passos (62) 4008-6406 / 99307-4305
Antônio Canuto – (62) 4008-6412
Uma iniciativa da Comissão Pastoral da Terra Araguaia-Tocantins (CPT), o documentário “Matopiba” retrata a realidade das comunidades camponesas, quilombolas e indígenas atingidas pelo Plano de Desenvolvimento Agropecuário Matopiba, localizadas na chamada última fronteira agrícola do Brasil.
Depoimentos de trabalhadores e trabalhadoras do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia - os quatro estados de abrangência do PDA Matopiba - evidenciam como as famílias do campo já sofrem os impactos dos monocultivos de soja, eucalipto, milho, com a exploração do Cerrado, com a destruição dos rios e o uso indiscriminado de agrotóxico.
O documentário “Matopiba” denuncia a eminente destruição total do bioma Cerrado e os conflitos por terra ocasionados por grandes projetos como o PDA Matopiba e a construção de barragens. Este Plano do Governo Federal não é algo novo. É, simplesmente, a continuação de uma lógica de “desenvolvimento” que ignora os povos do campo e das águas. O documentário não tem a intenção de seguir o caminho de apenas dizer. O vídeo apresenta as riquezas do Cerrado, das comunidades e a esperança na voz das pessoas. Por isso acreditamos que é necessário resistirmos juntos. Enquanto houver vida haverá esperança!
Confira a produção: