Na comemoração dos 90 anos de Pedro Casaldáliga é muito bom lembrar alguns fatos que marcaram sua biografia. Como um dos grandes profetas de nosso tempo, Pedro incomodou não só os grandes fazendeiros da região do Araguaia e o governo militar que lhes dava suporte, como também setores da Igreja que compactuavam com o sistema e o próprio Vaticano.
Celebramos 90 anos de Pedro, 50 dos quais vividos em São Félix do Araguaia (MT). 50 anos que deixaram muitas marcas na região. Possivelmente a marca maior foi o apoio declarado e firme na defesa do direito dos posseiros e dos índios à posse da terra, e aos sem terra à conquista de um pedaço de chão onde pudessem criar sua família com honestidade e dignidade.
Comemorando os 90 de nosso bispo Pedro Casaldáliga, queremos relembrar os momentos significativos da sua ordenação episcopal no dia 23 de outubro de 1971 e as repercussões da Carta Pastoral “UMA IGREJA DA AMAZÔNIA EM CONFLITO COM O LATITÚNDIO E A MARGINALIZAÇÃO SOCIAL”, lançada naquela ocasião. Reproduzimos aqui o que foi publicado no Jornal Alvorada, em Retalhos de Nossa História, na edição de setembro/outubro de 1996 e que foi republicado agora na edição especial comemorativa de seus 90 anos de vida, 50 de Brasil, fevereiro 2018.
Na última segunda-feira, dia 5 de fevereiro, foi realizada na sede da Secretaria Nacional da CPT, em Goiânia (GO), uma celebração com as cinzas de Frei Henri des Roziers, militante histórico das causas do povo pobre do campo, principalmente na região Norte do país, falecido em novembro último em sua terra natal, França, mas que agora ficará assentado, eternamente, como assim queria, nas terras conquistadas pelo povo sem-terra no Pará, a quem ele dedicou parte de sua vida.
A luta histórica em defesa do homem e da mulher do campo, das águas e das florestas – principal marca da Comissão Pastoral da Terra (CPT) desde sua criação, em 1975 –, levou a agente pastoral da CPT no Acre, Darlene Braga, a vencer a primeira edição do prêmio “MP Atitude – Pequenas ações transformam o mundo”, na categoria Direitos Humanos, com o projeto “Acesso à terra e água: superação da violência”.
Diretoria e coordenação executiva nacional da CPT destacam em Nota Pública, que mesmo em um ano de desmonte de direitos, de aumento da violência no campo, que já vitimou até o momento 65 pessoas e de retrocessos em conquistas históricas dos trabalhadores e trabalhadoras, é nas ações de resistência dos povos que a Pastoral da Terra mantém sua esperança na conquista da terra sem males. Confira o documento: