No próximo dia 1 de junho, a partir das 19h00, a Comissão Pastoral da Terra - CPT fará o lançamento oficial da Campanha Nacional em celebração aos seus 40 anos de história, durante o "Encontro Brasileiro dos Movimentos Populares em diálogo com o Papa", que acontecerá entre os dias 2 e 5 de junho, no Centro de Convenções da Prefeitura de Mariana, localizado na praça Juscelino Kubitschek, s/n, Centro - Mariana (MG).
Como dizia Adélia Bezerra de Meneses: "fazer memória não é mergulhar no passado, desempoeirar-lo e trazê-lo à tona; mas se utilizar dele na busca por experiência, motivação e elã, para uma ação aqui e agora." Fazer memória da história da Pastoral da Terra é levar as pessoas a perceberem a presença dessas batalhas travadas no campo, nas cidades e no congresso nacional, em suas vidas cotidianas. É realizar o ato político de lembrar de todas e todos que lutaram pelos direitos dos povos do campo, das comunidades indígenas e quilombolas; pelo direito à vida, à terra e às águas. Enfim, fazer memória é um ato de justiça. Não apenas por aqueles que aqui estão, que continuam na lida, nem pelos que já se foram (seja pelas mãos do tempo ou pelas mãos da covardia), mas especialmente àqueles que ainda hão de chegar.
No "Encontro Brasileiro dos Movimentos Populares em diálogo com o Papa" serão discutidos temas como meio ambiente, mineração, terra, trabalho, reforma política, território e moradia. O evento, que teve início meses antes também em Minas Gerais, fará o seu encerramento em Mariana, com grande ato público. Entre os presentes, estarão representantes da CNBB, Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo, Movimento Camponês Popular (MCP), Central dos Movimentos Populares (CMP), Via Campesina e Consulta Popular, Levante Popular da Juventude, entre outros. A expectativa é que pelo menos 400 pessoas estejam presentes e participem do Encontro.
Sobre a Campanha Nacional CPT 40 anos
Desde o dia 3 de maio, a CPT realiza ações de comunicação em motivo de sua campanha de 40 anos, iniciando uma série de publicações em três diferentes eixos temáticos, sendo eles "Memória", "Abrindo Porteiras" e "Histórias". Neste primeiro mês, o eixo "Memória" procurou resgatar e difundir a ‘lembrança’ daqueles que participaram da trajetória da CPT, divulgando conteúdos nos canais online da entidade, entre eles o site, a página no Facebook, o perfil no Twitter e o canal de vídeos no YouTube.
O evento em Mariana marca a abertura da 2.ª fase da campanha, que trabalhará o eixo temático "Abrindo porteiras". Entre as ações previstas para esse mês, estão a realização de debates online sobre o tema "Trabalho Escravo Contemporâneo", que contará com a participação de importantes articuladores e defensores dos direitos humanos.
Publicação “Conflitos no Campo Brasil 2015”
A CPT terá exemplares à venda de sua recém-lançada publicação “Conflitos no Campo Brasil 2015”, que reúne e torna público os dados de conflitos ocorridos no campo no Brasil, no ano de 2015. Para adquirir um exemplar, os interessados devem procurar um dos representantes da CPT que estarão presentes no evento. Para mais informações sobre a publicação, acesse:
http://www.cptnacional.org.br/index.php/publicacoes-2/destaque/3175-conflitos-no-campo-brasil-2015
Serviço:
Lançamento da Campanha Nacional CPT 40 anos
Local: Encontro Brasileiro dos Movimentos Populares em diálogo com o Papa
Centro de Convenções da Prefeitura de Mariana (MG)
Data e horário: 01 de junho de 2016, às 19h00.
Endereço: praça Juscelino Kubitschek, s/n, Centro - Mariana (MG)
+ Informações: 40anos@cptnacional.org.br | (62) 9307-4305 - Cristiane Passos
Defender os que nem sempre contam foi arriscado e provoca incompreensão e perseguição. Na Igreja católica não é diferente. No último 10 de maio completaram-se os 30 anos do martírio do Padre Josimo Tavares.
(Por Luis Miguel Modino, Religión Digital – tradução de André Langer)
Ele sabia, como disse no dia 27 de abril de 1986 na Assembleia Diocesana de Tocantinópolis, Tocantins, região norte do Brasil, poucos dias antes da sua morte, que esta estava anunciada e encomendada. De fato, passaram-se poucos dias até que no dia 15 de abril seu carro fosse alvo de cinco tiros enquanto viajava entre as cidades deAgustinópolis e Axixá.
Suas palavras refletem que entendia que ser sacerdote e assumir o compromisso profético que deve fazer parte da vida de todo discípulo, tem suas consequências. “Eu quero que vocês entendam que o que vem acontecendo não é fruto de nenhuma ideologia ou facção teológica, nem por mim mesmo, ou seja, pela minha personalidade. Acredito que o porquê de tudo isso se resume em três pontos principais:
– Por Deus ter me chamado com o dom da vocação sacerdotal e eu ter correspondido;
– Pelo senhor bispo, Dom Cornélio, ter me ordenado sacerdote;
– Pelo apoio do povo e do vigário de Xambioá, então Pe. João Caprioli, que me ajudaram a vencer nos estudos”.
Ao fim e ao cabo, a sorte de quem quer caminhar com Jesus de Nazaré comporta situações semelhantes àquelas que o próprio Jesus viveu: “O discípulo não é maior do que o Mestre. Se perseguirem a mim, hão de perseguir vocês também”. Movido pela fé no Ressuscitado, o Padre Josimo não duvidava em afirmar que: “Tenho que assumir. Agora estou empenhado na luta pela causa dos pobres lavradores indefesos, povo oprimido nas garras dos latifúndios. Se eu me calar, quem os defenderá? Quem lutará a seu favor? Eu pelo menos nada tenho a perder. Não tenho mulher, filhos e nem riqueza sequer, ninguém chorará por mim. Só tenho pena de uma pessoa: de minha mãe, que só tem a mim e mais ninguém por ela. Pobre. Viúva. Mas vocês ficam aí e cuidarão dela”.
As palavras do sacerdote mostram o que da serenidade de ânimo assumia como consequência de uma forma de vida a partir do projeto cristão: “Nem o medo me detém. É hora de assumir. Morro por uma justa causa. Agora quero que vocês entendam o seguinte: tudo isso que está acontecendo é uma consequência lógica resultante do meu trabalho na luta e defesa pelos pobres, em prol do Evangelho que me levou a assumir até as últimas consequências. A minha vida nada vale em vista da morte de tantos pais lavradores assassinados, violentados e despejados de suas terras. Deixando mulheres e filhos abandonados, sem carinho, sem pão e sem lar. É hora de se levantar e fazer a diferença! Morro por uma causa justa”.
Humanamente falando, a atitude do Padre Josimo é inexplicável. Somente a partir de uma profunda experiência de Deus se pode assumir semelhantes palavras, um Deus que se faz presente na vida dos pequenos através do compromisso de quem realmente acredita n’Ele até as últimas consequências. Sua vida, seus escritos e testemunhos mostram que a atitude que fundamentou sua vida foi o serviço ao Reino de Deus, que se expressava na proximidade com os mais necessitados, no seu caso com os agricultores pobres expulsos de suas terras pelos grandes proprietários rurais locais.
Foram estes fazendeiros que encomendaram a sua morte, encarregada a Geraldo Rodrigues da Costa, o mesmo que atirou contra o carro do padre no dia 15 de abril do mesmo ano. Quando chegava à sede da Pastoral da Terra, onde era coordenador da Comissão Pastoral da Terra do Bico do Papagaio, noMaranhão, enquanto subia as escadas, foi surpreendido pelo assassino que efetuou dois disparos. Transferido para o hospital da cidade, morreu duas horas depois. Morreu com 33 anos o “padre negro de sandálias gastas”, como era conhecido pelos lavradores que ele acompanhava.
Sua morte teve grande repercussão em um país que nesse mesmo ano restaurou o sistema democrático, e a investigação do assassinato, a pedido expresso de José Sarney, o então presidente da República, converteu-se em uma prioridade nacional, coisa pouco comum em muitos outros casos ocorridos no país. De fato, o enterro do religioso contou com a presença de 10 bispos e do ministro da Reforma Agrária, Nelson Ribeiro. A maioria dos implicados, mais cedo ou mais tarde, foi condenada.
A memória de Josimo, poeta e músico, aquele que com seu temperamento tranquilo gostava de ouvir as histórias do povo, segue viva entre os camponeses pobres do Brasil e na Igreja da Base, na mente e no coração de todos os que lutam para que a terra seja libertada das garras do latifúndio e dividida entre as famílias camponesas que nela encontram a fonte de seu sustento. Muitos assentamentos da Reforma Agrária, em todos os cantos do Brasil, receberam e continuam recebendo seu nome e as Comunidades Eclesiais de Base sempre o recordam como um dos “Mártires da Caminhada”, sabendo que não existe amor maior que dar a vida pelos amigos.
Inicia-se hoje (03) uma série de publicações temáticas em motivo dos 40 anos de histórias da Comissão Pastoral da Terra no Brasil. Para abrir a primeira sequência, que neste mês de maio pretende resgatar e difundir parte da ‘Memória’ daqueles que participaram da trajetória da CPT, serão divulgados conteúdos nos canais online da entidade, entre eles o site, a página no Facebook, o perfil no Twitter e o canal de vídeos no YouTube.
Como dizia Adélia Bezerra de Meneses: "fazer memória não é mergulhar no passado, desempoeirar-lo e trazê-lo à tona; mas se utilizar dele na busca por experiência, motivação e elã, para uma ação aqui e agora." Fazer memória da história da Pastoral da Terra é levar as pessoas a perceber a presença dessas batalhas travadas no campo, nas cidades e no congresso nacional, em suas vidas cotidianas. É realizar o ato político de lembrar de todas e todos que lutaram pelos direitos dos povos do campo, das comunidades indígenas e quilombolas; pelo direito à vida, à terra e às águas.
Enfim, fazer memória é um ato de justiça. Não apenas por nós, que continuamos na lida, nem pelos que já se foram (seja pelas mãos do tempo ou pelas mãos da covardia), mas especialmente àqueles que ainda hão de chegar.
“Faz escuro mas eu canto – Memória, Rebeldia, e Esperança dos pobres da terra” foi o tema celebrado durante o IV Congresso Nacional da CPT, em julho de 2015, e relembrado no Conselho da CPT Bahia, no mês passado, no município de Senhor do Bonfim. Agentes da CPT Bahia, representantes de comunidades e dos movimentos sociais fizeram memória aos 40 anos de atuação da CPT. Confira alguns relatos:
(Fonte: CPT Bahia)
“A terra é de quem trabalha / E a história não falha, nós vamos ganhar / (…) Já chega de tanto sofrer / Já chega de tanto esperar / A luta vai ser tão difícil / Na lei ou na marra nós vamos ganhar…”.
A canção “A história não falha” foi relembrada na noite do dia 9 de dezembro do ano que passou, junto com várias histórias comoventes de pessoas que atuaram na Comissão Pastoral da Terra (CPT) e vivenciaram momentos importantes da luta no campo da Bahia. Confira algumas dessas histórias logo abaixo:
Djanete
“Cheguei na Bahia em 1978. Em 79 fui convidada para trabalhar na CPT de Santa Maria da Vitória. Era um momento tenso. Fazia três anos que Eugênio Lyra havia sido assassinado. Todos nós morávamos na mesma casa para termos mais segurança. Foi um momento de muito conflito. A comunidade de Cana Brava estava sendo expulsa pelo INCRA. Quem fazia isso era a Polícia Federal. Esse povo tinha que sair de lá para a PEC Serra do Ramalho. Tinham que sair para dar lugar ao povo que estava sendo expulso de Sobradinho. Para dar lugar ao povo que estava sendo expulso de sua terra, queriam expulsar o povo da região.
A PF vinha e derrubava as casas. Foi feita toda uma luta para fundar o sindicato. Mais de mil pessoas presentes. A comunidade começou a se organizar e dizer: “Daqui a gente não sai!”. Botaram os tratores para derrubar as casas do povo.
Como forma de resistência, as crianças sugeriram que a professora desse aula para elas em cima da ponte por onde as máquinas passariam. Quando as máquinas chegaram, soltaram fogos para avisar todo mundo que estavam chegando. Os motoristas desistiram, disseram que não passariam por cima das crianças. Essa comunidade, depois de 3 anos de muita luta, conseguiu 70 ha para cada família. Quando conseguiram as terras, conquistaram mais tarde escolas e energia.”
Luis Eduardo Terrin
“A CPT, diferente das outras pastorais, não está voltada para dentro, ela está voltada para fora. Ela quer se caracterizar como serviço. Para que os trabalhadores enfrentem juntos os problemas do latifúndio. Para que sejam sujeitos e atores da própria libertação. Estávamos em plena ditadura, mas tínhamos essas frestas. Em 1977 surge Juazeiro, 1978, a Lapa. Acho que celebrando 40 anos, temos que olhar o nacional como inspiração. Se atualiza e só faz isso porque está com o pé na realidade. Cheguei aqui no momento da barragem de Sobradinho, em 78. Conheci o antigo cais do rio recentemente, quando fui em Remanso e me veio a memória todos os relatos do povo e seu sofrimento. A pressão em cima dos órgãos fez o estado da Bahia dar uma pequena quantia ao povo”.
Roberto Malvezzi (Gogó)
“Nunca tinha visto nada parecido com o que eu vi em Campo Alegre de Lurdes [BA]. Eu vim em 1980 e ouvir o povo era uma grande diferença metodológica. Usávamos slides e o povo adorava. Depois veio a seca de 1982 com a grande mortandade de gente. Quando veio a seca veio a necessidade”.
Padre Luis Tonetto
“Eu sou filho de camponeses. Nasci no campo. Me tornei padre na época de João XXII. Em 1966 cheguei aqui. A história na CPT é misturada com a minha história de padre. No contato com o povo, fui pegando gosto com esse trabalho com as comunidades. A CHESF [Companhia Hidro-Elétrica do São Francisco] abriu uma pista para colocar uma rede elétrica. Eu era padre em Jaguarari e vi um monte de gente perder as terras. E começamos reivindicando pelo menos uma indenização. Dom Jairo lutou para criar sindicatos em várias cidades. Dom Jairo teve logo a ideia de implantar a CPT aqui em Bonfim. Hélio foi o primeiro a pagar com a vida em 1978. O fazendeiro convidou Hélio para ir no carro dele e eu o acompanhei. O fazendeiro disse: ‘Você sabe que eu posso te matar’. Quinze dias depois Hélio apareceu morto. Nós, padres, assumimos a causa e os bispos também. Se os pobres daqui são os trabalhadores, então vamos trabalhar com eles”.
A premiação leva o nome do dirigente sindical João Canuto, assassinado a tiros em 1985, no Pará. Ele era perseguido, principalmente, por sua luta pela reforma agrária. O prêmio homenageia representantes de causas humanitárias. Antônio Canuto, membro fundador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), será um dos premiados. Confira:
A abertura do VII Simpósio Internacional de Geografia Agrária (SINGA) ocorreu na última sexta-feira (30), no Teatro Madre Esperança Garrido, na região central de Goiânia, Goiás. Antecedeu as homenagens, a solenidade de abertura do evento e apresentações culturais – monólogo apresentado por atriz do Grupo de Teatro Guará e apresentação da Orquestra de Violeiros de Goiás. Posteriormente, diversos lutadores e lutadoras por direitos e organizações foram homenageados e homenageadas.
O SINGA acontece entre os dias 30 de outubro e 03 de novembro. O evento tem como tema central “A questão agrária na contemporaneidade: dimensões dos conflitos pela apropriação da terra, da água e do subsolo”.
Antes das homenagens, um vídeo produzido pela equipe organizadora do SINGA mostrou um pouco da história de Dom Tomás e Dom Pedro.
Dom Tomás Balduino foi homenageado (in memorian). Seu sobrinho, João Carlos Balduino, recebeu a homenagem e falou um pouco sobre a falta que Tomás faz. “É uma honra receber essa homenagem. A ficha ainda não caiu sobre a morte do meu tio. A gente ainda sente a presença dele e sempre falamos que a cada assentamento, a cada homenagem, a cada luta, a cada pessoa que se lembrar dele, ele continuará vivo entre nós”, disse.
Dom Pedro Casaldáliga, também membro fundador da CPT, foi homenageado no evento. O amigo Antônio Canuto foi quem o representou. “Dom Pedro foi a voz que levantou. Aquela voz forte que logo que chegou ao Brasil escreveu o documento ‘Escravidão e feudalismo no Sul do Mato Grosso’. Depois a Carta Pastoral, em 1971, que pode se dizer que foi um documento fundamental para o surgimento da CPT”, destacou. Canuto ainda frisou como a CPT está relacionada ao tema proposto pelo Simpósio. “A gente aqui, nesse SINGA, se sente em casa com o tema desse evento. São os temas que a CPT hoje trabalha. E essa é a temática que discutimos todos os dias lá na CPT”,
Aline Porfírio representou o avô, José Porfírio, no momento de homenagem.“Eu não tive o prazer de olhar para o meu avô. Não pude ouvir as histórias dele. Mas eu sei que se eu pudesse olhar e falar com ele, ele me diria: eu faria tudo de novo. Lutaria e passaria pela tortura novamente, pois acredito na luta”, ressalta.
Frei Xavier Plassat, membro da Campanha da CPT de Combate e Erradicação do Trabalho Escravo “De olho aberto para não virar escravo”, citou, durante sua fala, alguns geógrafos que contribuíram de alguma forma na luta contra o trabalho escravo. Falou ainda da tentativa do Congresso Nacional de alterar a atual definição de Trabalho Escravo. “É um momento muito importante para continuarmos a indignação e a luta contra o trabalho escravo”, frisou.
Veja a relação dos/das pessoas que receberam a homenagem do SINGA: Comissão Pastoral da Terra (CPT); Antônio Canuto, membro fundador da CPT; Dom Tomás Balduino, bispo emérito de Goiás e membro fundador da CPT, representado pelo sobrinho João Carlos Balduino; Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia e membro fundador da CPT, representando pelo amigo Antônio Canuto; Frei Xavier Plassat, membro da Campanha da CPT de Combate e Erradicação do Trabalho Escravo “De olho aberto para não virar escravo”; Jessica Brito, do Movimento Camponês Popular (MCP); Lucilene dos Santos Rosa, da Associação Quilombo Kalunga; Valdir Misnerovicz, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Maria de Fátima Barros, da Fundação Barros e Movimento Quilombola do Maranhão (Moquibom); Aline Porfírio, neta de José Porfírio; Terezinha de Souza Amorim, irmã de Divino Ferreira de Souza, Guerrilheiro do Araguaia; e Michéas Gomes de Almeida, conhecido como Zezinho, Guerrilheiro do Araguaia.