José Batista Afonso, advogado da CPT em Marabá, Pará, foi condenado ontem, 20 de junho, pelo TRF de Brasília, a 1 ano e 11 meses de prisão, pela ocupação do Incra da cidade paraense, em 1999. Em mais um claro sinal de criminalização, um defensor dos direitos humanos e do povo pobre do campo é condenado, enquanto milhares de casos de violência no interior do nosso país continua impune. A CPT está contente pois apesar da condenação, Batista não vai ser preso e pode continuar seu trabalho de apoio aos camponeses e camponesas no Pará, mas sente um profundo pesar por mais esse caso de injustiça.
Organizações de defesa das populações ameaçadas pela hidrelétrica de Belo Monte entregaram nesta quinta, 16, a petição final com as denúncias de violações de direitos humanos por parte do país à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Sede da CPT foi revirada mas nada foi levado, apesar de haver vários objetos de valor no local. A CPT coordenou até a última sexta-feira um acampamento com quilombolas que estãos sendo ameaçados de morte no estado. Uma greve de fome foi iniciada por 20 pessoas que estavam no acampamento, mas foi suspensa diante da promessa da ministra Maria do Rosário de se reunir com o grupo no próximo dia 22.
Obede Loyla Souza foi assassinado próximo à sua residência no Acampamento Esperança, município de Pacajá, no Pará. Obede havia denunciado e discutido com um grupo que extraía madeira ilegalmente na região.
Na manhã de ontem, 9 de junho, 18 quilombolas e o coordenador da CPT no Maranhão, padre Inaldo, que desde o dia 3 ocupam a sede do Incra, em São Luís (MA), iniciaram uma greve de fome exigindo a presença da ministra dos direitos humanos, Maria do Rosário, para conversar sobre as ameaças de morte no estado e a constante violência contra os quilombolas.
Enquanto se discute como diminuir a violência agrária na Amazônia, os corpos de dois trabalhadores rurais assassinados em um assentamento em Pacajá (PA) estão no meio da floresta desde o final de abril esperando serem recolhidos. Confira reportagem da Folha de São Paulo.