“Mudar o mundo é uma tarefa muito maior do que a fotografia. Mudar o mundo é ter milhões de pessoas na rua contra os opressores, contra as ditaduras, é isso que muda o mundo. E a fotografia, se ela quiser cumprir esse papel, tem que andar par e passo com esses movimentos, colocando realidades objetivas e subjetivas, porque não existe realidade absoluta” - João Zinclar (1957-2013)
A execução do Plano de Proteção às Terras Indígenas (Tis) impactadas pela hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA), está atrasada em quase dois anos, de acordo com a Funai (Fundação Nacional do Índio). Parte das ações previstas já deveria ter sido realizada pela Norte Energia e pelos órgãos públicos competentes antes da emissão da Licença de Instalação, ocorrida em junho de 2011.
Diferentes comunidades tradicionais sofrem em todo país por conta de megaempreendimentos que disputam territórios habitados por elas há séculos para implementar projetos de ‘desenvolvimento'. "As comunidades tradicionais têm uma relação diferente com a terra, com a questão da natureza e com a própria organização social. Esses espaços vão muito além do geográfico porque eles são também culturais. Não adianta levar essas pessoas para outra realidade”, afirma Isolete Wichinieski, da coordenação nacional da CPT. Confira a matéria de Viviane Tavares, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz
Após atingir apenas 36% da meta prevista para 2012, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) anunciou que pretende acelerar o ritmo de assentamentos neste ano. Em 2012, o número de famílias assentadas atingiu a taxa mais baixa desde 1994. De acordo com reportagem do jornal Valor, o Incra inicia o ano com quase 300 imóveis rurais prontos para serem desapropriados. A meta é que 16 mil famílias sejam assentadas já nos primeiros meses de 2013. O argumento para a aceleração está na liberação de terras ocorrida no segundo semestre de 2012 e na preparação das áreas para assentamento neste ano.
O povo Pukobjê-Gavião da comunidade Governador, município de Amarante, Maranhão, amanheceu nesta quarta-feira, 16, sob situação de mais insegurança, depois de terem apreendido caminhões e um trator de madeireiros que agiam ilegalmente dentro da terra indígena. Os agentes da Polícia Federal, que garantiam a segurança dos indígenas, se retiraram da aldeia durante a madrugada sem nenhum comunicado prévio.
O Ministério Público Federal conseguiu manter a suspensão de uma ordem de despejo contra indígenas da etnia Guarani-Kaiowá, em Japorã (MS). A ação de despejo foi proposta pela fazenda Remanso Guaçu e a Justiça Federal de Naviraí – 484 km de Campo Grande – tinha determinado a reintegração de posse. Mas o Tribunal Regional Federal da 3ª Região acatou os argumentos do MPF e manteve a suspensão.