Após devolução pelo Ministério Público Federal (MPF) do inquérito à Polícia Federal no caso que envolve o assassinato e do atentado contra à vida dos indígenas Guajajara no Maranhão por questões burocráticas, a Defensoria Pública da União (DPU) atuará junto ao MPF e à Justiça Federal para que o caso permaneça sob competência da Justiça Federal. A DPU defende que há conflito histórico e violento na Terra Indígena Araribóia, no município de Amarante do Maranhão.
Na terça-feira, dia 14 de janeiro, o juiz da 3ª Vara Federal de Montes Claros (MG) proferiu decisão liminar determinando a suspensão dos processos de licenciamento do Projeto Bloco 8, da Sul Americana de Metais (SAM) - empresa brasileira de capital chinês que busca explorar o minério de ferro no Norte de Minas Gerais.
Indígenas da área em que Paulino Guajajara foi assassinado, em novembro do 2019, relatam casos de violência e abandono.
Povos tradicionais e originários foram vítimas de assassinatos e agressões no Mato Grosso do Sul, Amazonas e Maranhão.
A maioria dos óbitos ocorreu na cidade de Atalaia do Norte, localizada a cerca de 1.100 quilômetros, em linha reta, de Manaus (AM).
Uma comitiva de parlamentares estará nesta sexta-feira (10) na aldeia Juraçal, na Terra Indígena Arariboia, Maranhão, para ouvir lideranças indígenas sobre a violação de direitos humanos no local, onde ocorreram homicídios e invasões.