"Já me bateram na beira da rodovia quando eu vinha à noite. Tenho medo, mas não paro [a luta pela terra], porque, se eu morrer, misturo com a terra de novo”, disse o cacique Nísio Gomes a Agência Brasil em setembro de 2009. Na ocasião revelou ter sido expulso em 1975 da terra pela qual morreu no último dia 18 de novembro. A informação é do Conselho Indigenista Missionário - CIMI. Confira nota da organização:
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) divulgou na última sexta-feira, 18 de novembro, uma carta de repúdio ao assassinato do cacique Nísio e ao desparaecimento de indígenas Kaiowá Guarani, em Mato Grosso do Sul.
Coordenação Nacional da CPT divulga Carta Pública em solidariedade aos povos indígenas e aos agentes do CIMI no Mato Grosso do Sul, e repudiando, mais uma vez, a matança de membros de comunidades tradicionais em nosso país. Confira a Carta na íntegra:
Nísio Gomes, o cacique dessa comunidade Kaiowá Guarani foi assassinado no ataque. Há a suspeita de outras duas mortes e três pessoas estão desparaecidas, entre elas uma criança.
Um dos condenados pela morte da missionária Dorothy Stang está foragido. Outros três já podem passar o dia fora da prisão. A sensação de impunidade estimula novos crimes. Confira reportagem da revista Época sobre a impunidade no campo no estado do Pará.
Uma liderança do assentamento Irinema Ilhinha, no Maranhão, foi assassinada no último domingo, 6 de novembro. O moradores do assentamento vem travando uma batalha judicial com a empresa Ribeirão AS, que reivindica a posse da área.