Um grupo de bispos católicos brasileiros lançou, na manhã desta segunda-feira (24), uma carta contra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência da República, sem citar diretamente o presidente. Religiosos afirmam que presidente e seus apoiadores “abusaram do nome de Deus para legitimar seus atos".
Cansados de esperar a resolução dos problemas em torno do transporte do minério de ferro, cerca de 200 moradores das comunidades rurais de Licínio de Almeida, no semiárido da Bahia, interditam a linha férrea que corta o município. Moradores estão impedindo o transporte ferroviário desde a manhã desta segunda-feira (24), a fim de pressionar a Bahia Mineração (BAMIN) ao diálogo. Uma assembleia popular ocorreu em cima dos trilhos durante a manifestação.
Processos seletivos preveem novas inscrições em parcelas onde famílias já vivem há anos
Via CPT-Goiás
Diversas organizações sociais e pastorais sociais, entre elas a CPT, estão organizando uma Romaria em Aparecida do Norte, no próximo domingo (23), intitulada “Romaria a Aparecida pela Paz, Vida Plena e Democracia” em resposta a um apelo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), aos leigos e leigas diante da “dura realidade nesse processo eleitoral: o agravamento da piora das condições de vida do nosso povo, a volta da fome, as agressões à Casa Comum que se avolumam contra nosso meio ambiente e a vida no planeta, a manipulação política por fake news, os riscos de ruptura institucional que ameaçam a soberania popular por meio da violência política que se agravou nos últimos tempos.”
No dia 24 de outubro, próxima segunda-feira, a partir das 10 horas (hora de Brasília), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgará os dados parciais de conflitos no campo no Brasil em 2022. De acordo com os dados, aumentaram as ocorrências de conflitos por terra, resgatados do trabalho escravo e assassinatos em 2022. A Amazônia Legal responde por mais da metade do total de conflitos no campo registrados no período.
Desde o dia 26 de setembro, as comunidades de Brejo, Barreiro, Louro, Boiada, São Domingo, Riacho Fundo e Taquaril dos Fialhos, do município Licínio de Almeida, sudoeste da Bahia, paralisam a BA-156, estrada vicinal que liga o município a Brejinhos das Ametistas, para denunciar os impactos do tráfego dos caminhões que carregam minério de ferro da empresa Bahia Mineração (BAMIN), que se deslocam dia e noite na região.
O tráfego dos caminhões levanta e espalha muita poeira de pó de minério, o que afeta a saúde da população no entorno das estradas, em especial com doenças alérgicas em crianças e idosos. Além disso, o pó impacta também a produção da agricultura familiar, poluindo não só o ar, como também o solo e as águas. Por fim, a comunidade também denuncia o uso indiscriminado de água por parte da BAMIN, o que afeta o abastecimento hídrico local.
No ao passado, em 23 de setembro de 2021, a população de Licínio de Almeida fez uma mobilização solicitando o asfaltamento da estrada, porém os populares não foram ouvidos, e tampouco foram construídas soluções por parte do poder público para as denúncias realizadas. Diante disso, as famílias das comunidades retomam as mobilizações para garantir respostas. A mobilização segue por tempo indeterminado na expectativa que o estado possa ouvir a comunidade e abrir um diálogo para construção de soluções.
No dia 13 de outubro, as comunidades elaboraram um manifesto em que mais uma vez denunciam os diversos impactos causados pela mineradora e apresentam suas reivindicações ao poder público. Leia na íntegra:
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