Mais uma manobra do governo Bolsonaro para “passar a boiada” está em curso. Bolsonaro assinou o Decreto nº 10.623/2021 criando o Programa “Adote um Parque”, colocando de vez uma pá de cal nas políticas públicas de conservação, recuperação e melhoria das Unidades de Conservação (UCs) federais. O Adote um Parque privatiza e transfere a responsabilidade pública para pessoas físicas e jurídicas privadas, nacionais e estrangeiras, promovendo a governança privada sobre territórios de interesse coletivo e social. Ontem (1°), o Ministério do Meio Ambiente divulgou a Portaria n° 73/2021 com uma lista de 131 unidades de conservação federais da região da Amazônia Legal para a primeira etapa do programa. A portaria estabelece valores de 50 reais, para empresas nacionais, ou 10 euros, para empresas estrangeiras, por hectare. O governo ecocida se libera de suas responsabilidades e faz uma verdadeira pechincha com os bens comuns do Brasil. Assim, o programa privatiza e transfere a responsabilidade pública que já está a cargo do Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para pessoas físicas e jurídicas privadas, nacionais e estrangeiras, promovendo a governança privada sobre territórios de interesse coletivo e social.
Uma articulação entre Organizações e Movimentos Sociais, entre elas a CPT, enviou, ontem, uma carta as/aos parlamentares no sentido de alertar e mobilizar para a necessidade de barrar essa atrocidade que coloca em risco nossas florestas e os direitos dos povos e comunidades tradicionais que ali vivem. A carta destaca que com essa ação, o “Brasil mais uma vez se afasta de sua obrigação em implementar os compromissos de enfrentamento da crise climática assumidos no Acordo de Paris, jogando para iniciativa privada sua responsabilidade de conservação e proteção dos bens comuns”. Leia a carta na íntegra:
Hoje (25) completam 30 dias do assassinato de Fernando dos Santos. As organizações sociais que acompanham o caso continuam cobrando urgentes e céleres investigações sobre o caso. Em Nota, destacam que "seguem aguardando a designação de data para realização de audiência com a Secretaria de Segurança Pública do Pará. Reforçamos a importância de que a investigação sobre o homicídio seja feita com isenção e dentro do prazo legal estabelecido, apresentando à sociedade as respostas necessárias: Quem matou Fernando? Quem mandou matar Fernando?". Confira o documento na íntegra:
Quatro casas foram incendiadas durante a ação de reintegração. Ao todo, 14 famílias foram retiradas de suas casas, entre elas a família de um seringueiro, que estava fora da área alvo da reintegração.
As ONG's internacionais Front Line Defenders, Global Witness, Not1More e Washington Office on Latin America (WOLA) divulgam hoje (9) Nota Pública cobrando justiça pelo assassinato de Fernando Santos Araújo, sobrevivente do Massacre de Pau D'Arco. Fernando foi assassinato no dia 26 de janeiro. Era a principal testemunha do Massacre, ocorrido em 2017. A Nota destaca, "Fernando, cujo namorado foi vítima do massacre de 2017, estava testemunhando na investigação em andamento e havia reportado ter recebido ameaças por isso. Seu assassinato é uma clara tentativa de subverter o estado de direito e de intimidar a comunidade". Confira o documento em português e em inglês:
Ao atribuir para si o papel de definir quem é ou não indígena, Funai estabelece uma política integracionista que visa extirpar direitos indígenas e barrar demarcações, aponta nota divulgada esta semana
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