Após solicitação do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e apoio das pastorais e movimentos do campo, o Ministério da Justiça autorizou a Polícia Federal a apurar massacre de dez trabalhadores rurais sem terra no dia 24 de maio, em Pau D’Arco (PA).
As Pastorais do Campo divulgaram nesta quarta-feira (31) Nota Pública condenando o aumento dos massacres e da violência contra os povos do campo. O documento destaca que "É evidente que esta exacerbação dos conflitos agrários em número e violência, tem ligação com a crise política e com o avanço das forças do agronegócio sobre os Poderes do Estado brasileiro. Os desmandos autoritários da cúpula da República, com seu jogo de poder servil aos interesses da minoria do Capital, vilipendiam os direitos sociais e relativizam os direitos humanos". Confira na íntegra:
“Esse ataque se insere numa sequência de massacres cometidos pelo Estado Brasileiro contra os nossos povos e comunidades tradicionais. Uma trágica história que se repete no nosso dia a dia, numa tentativa de silenciar a nossa história”, destacaram os representantes de povos tradicionais na Moção. Leia o documento na íntegra:
Cerca de 250 pessoas, entre estudantes, professores e militantes de movimentos e organizações sociais, saíram às ruas de Marabá, no Pará, no dia 25 de maio, ao final da tarde, para denunciar e protestar contra as autoridades policiais responsáveis pelo Massacre de Pau D’arco, a 350 km dali, que vitimou 10 camponeses sem terra no dia 24.
(Por Elvis Marques – Assessoria de Comunicação da CPT | Imagens: CPT Pará)
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) recebeu e acompanhou, hoje, através de veículos de comunicação e de depoimentos de seus agentes na região de Redenção (PA), inúmeros relatos sobre o tratamento dado aos corpos das pessoas assassinadas por agentes públicos do estado, durante o Massacre em Pau D’Arco, região Sudeste do Pará. O Estado que mata é o mesmo que desumaniza, e que vilipendia a moral e a dignidade dos pobres do campo.
Deputados denunciaram a repressão violenta ocorrida na última quarta-feira em Brasília, que contou com a convocação das Forças Armadas, e chacina ocorrida no sul do Pará ocorrida no mesmo dia.