Diversas pessoas, organizações e movimentos sociais, entre elas a CPT, assinaram uma nota em solidariedade ao João Pedro Stedile e ao MST, após o membro da coordenação nacional do Movimento ter sido insultado por um grupo de pessoas no aeroporto de Fortaleza, na noite da última terça-feira (22).
Confira:
NOTA DE SOLIDARIEDADE AO COMPANHEIRO JOÃO PEDRO STÉDILE E AO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA – MST.
O conjunto de movimentos sindicais, populares, pastorais sociais, parlamentares progressistas e intelectuais comprometidos com a luta do povo brasileiro, vem por meio desta nota prestar solidariedade ao companheiro João Pedro Stédile, histórico militante das lutas sociais do Brasil e da América Latina.
Na noite do dia 22 de setembro, uma claque com aproximadamente 30 reacionários bradando gritos de ódio e diversos xingamentos atacou e agrediu o companheiro Stédile, que acabava de chegar no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza – Ceará, convidado por diversas entidades para participar de um Congresso Sindical e de uma atividade sobre Reforma Política e combate à Corrupção.
A ação comandada pelo empresário do ramo imobiliário Paulo Angelim, militante do Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB, revela o que há de mais conservador e retrógrado na sociedade brasileira: um ódio de classe, antigo e anacrônico, muito semelhante ao do fascismo.
Não à toa, o grupo de reacionários que realizou esta ação é o mesmo bando que tem impulsionado manifestações golpistas em Fortaleza no intuito de interromper o mandato da presidenta Dilma Rousseff, desrespeitando o voto popular e rompendo com a legalidade democrática no país.
Estes reacionários utilizam-se dos símbolos nacionais e se dizem patriotas, mas são favoráveis a venda dos nossos recursos naturais às empresas estrangeiras, como no caso da Petrobrás. Se dizem contra a corrupção mas são assíduos defensores do financiamento empresarial de campanhas eleitorais e ainda hoje lastimam a decisão do STF.
Temos convicção de que a agressão sofrida pelo companheiro Stédile, não se limita a um ataque individual, ou somente ao MST. Esta agressão só pode ser compreendida como parte de uma ofensiva conservadora da direita na sociedade que busca criminalizar e intimidar todos/as aqueles/as que lutam por um Brasil justo e soberano.
Neste sentido, prestamos solidariedade ao companheiro e nos comprometemos a cerrar fileiras na defesa da democracia, da justiça social e da participação popular nos rumos da nação.
Fortaleza, 23 de setembro de 2015.
Centra Única dos Trabalhadores - CUT
Central dos Trabalhadores do Brasil - CTB
União Nacional dos Estudantes – UNE
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - UBES
Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB
Rede Nacional de Advogados Populares – RENAP
Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares
Marcha Mundial das Mulheres – MMM
União Brasileira das Mulheres - UBM
Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos – MOTU
Levante Popular da Juventude
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST
União da Juventude Socialista - UJS
Rua – Juventude Anticapitalista
Coletivo O Estopim
Movimento Kizomba
Partido Comunista do Brasil - PCdoB
Partido dos Trabalhadores - PT
Partido Socialismo e Liberdade
Consulta Popular
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos em Luta pela Paz – CEBRAPAZ
Fora do Eixo
Mídia Ninja
Movimento Democracia Participativa
Agência de Informações Frei Tito para América Latina – ADITAL.
Sindicato APEOC
Sindicato dos Metalúrgicos do Estado do Ceará – SINDMETAL
Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Ceará – SINTSEF-CE
Sindicato dos Empregados no Comércio de Fortaleza Diretório Central dos Estudantes – UECE
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
Justiça Global
Terra Sem Males
Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural - AGAPAN
Coletivo Trexter - Trabalhadores(as) da Extensão Rural da Emater/RS
Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA
Movimento de Mulheres Camponesas - MMC
Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil - FEAB
Comissão Pastoral da Terra - CPT
Pastoral da Juventude Rural - PJR
Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal - ABEEF
Conselho Indigenista Missionário - CIMI
Pescadores e Pescadoras Artesanais
Central de Trabajadores de la Argentina (CTA) Autónoma.
ETC - México
Diretório Central dos Estudantes - UNIFOR
Chico Buarque de Hollanda
Paulo Assunção - Vice Presidente do PT de Fortaleza
Deputado Federal José Guimarães
Deputado Estadual Elmano Freitas
Deputado Estadual Moisés Bráz
Deputada Estadual Rachel Marques
Deputado Estadual Renato Roseno
Deputada Federal Luizianne Lins (PT-CE)
Deputada Federal Ana Perugini (PT-SP)
Deputado Federal Wadih Damous (PT-RJ)
Deputado Federal Valmir Assunção (PT-BA)
Deputado Federal João Daniel (PT-SE)
Deputado Federal Pedro Uczai (PT-SC)
Deputado Federal Padre João (PT-MG)
Deputado Federal Odorico Monteiro (PT-CE)
Deputado Federal Afonso Florence (PT-BA)
Deputado Estadual Tadeu Veneri (PT-PR)
Deputada Estadual Luciane Carminatti (PT-SC)
Deputado Federal Dionilso Marcon (PT/RS)
Vereador João Alfredo
Vereador Jovanil
Vereador Ronivaldo Maia
Vereador Acrísio Sena
Vereador Leonardo Giordano
Renato Simões
Gilney Viana
Em Nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) aborda a ofensiva da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul em criar uma CPI para investigar a ação missionária da entidade junto aos indígenas. Confira:
Dois homens ficaram de tocaia em sua casa enquanto ele participava de uma reunião em Manaus. Mesmo denunciando a situação, Cosme vem sendo ameaçado de morte há muitos anos.
Um ataque a tiros iniciado no final da madrugada deste sábado, 19, contra a comunidade do tekoha Potrero Guasu, município de Paranhos, Mato Grosso do Sul, deixou, até a publicação desta notícia, três Guarani Ñandeva feridos a tiros de arma de fogo.
Pistoleiros atacaram na madrugada desta sexta-feira, 18, a comunidade Guarani e Kaiowá do tekoha – lugar onde se é – Pyelito Kue/Mbarakay, localizada no município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul. Poucas horas antes, contam as lideranças indígenas, capangas avisaram que “todos seriam mortos”. Os Guarani e Kaiowá estavam a cerca de 200 metros da sede da Fazenda Maringá, retomada na última terça, 15.
Os denunciados vão responder por invasão de terras públicas, resistência, associação criminosa, incêndio, roubo, corrupção ativa, incitação ao crime e crime de dano. Confira a reportagem: