O presidente da Bolívia, Evo Morales, denunciou no último sábado (9) uma tentativa de golpe de Estado em curso no país, operada por grupos de extrema-direita. Morales denunciou um motim da Unidade Tática de Operações Policiais (UTOP) de Cochabamba e de ações organizadas por grupos de provocadores na mesma região. Com a pressão e as ameaças contra ele e sua família, o presidente renunciou, nesse domingo (10) ao cargo ao qual foi eleito em primeiro turno. A Coordenadoria Latinoamericana de Organizações Camponesas (CLOC) divulgou Nota denunciando o golpe concretizado na Bolívia e manteve seu apoio ao presidente Evo Morales e ao povo boliviano. Confira:
Joan E. Garcés, Tony Clarke, Monica Hause, Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Fernando Funes Aguilar, são alguns dos signatários da carta que aponta Piñera como responsável pelas violações de direitos humanos.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) vem a público manifestar sua solidariedade às nações indígenas do Equador por sua coragem e determinação no enfrentamento aos desmandos e políticas governamentais perversas que submetem nossos povos aos piores conflitos possíveis. Tal dramática situação e a heróica resistência do povo equatoriano apelam à nossa sensibilidade pastoral e nos incitam a uma atitude de fé, esperança e solidariedade, confiantes no Senhor da História, que se põe nela junto dos pobres.
Walter Aduviri, atual governador de Puno, foi condenado por protesto contra mineradora. Movimentos denunciam perseguição.
VI Assembleia de Mulheres da CLOC - Via Campesina, realizada no dia 26 de junho durante o VII Congresso da Coordenadoria Latinoamericana de Organizações do Campo, em Cuba, divulga sua Declaração Final. As mulheres destacam no documento que: "as mulheres rurais lutamos por uma sociedade justa e igualitária, que transforme as relações de poder que marcaram a subordinação das mulheres e, especialmente, das que vivemos em áreas rurais, em condições de pobreza e discriminação a que temos sido submetidas pelas políticas patriarcais, pelos sistemas de exploração do agronegócio transnacional, pelos deslocamentos, migrações forçadas e pela violência. Durante essas duas décadas de formação sociopolítica, dedicamos estudo diligente às categorias de gênero, de classe e étnica / racial, entendendo que as desigualdades que afetam as mulheres são estruturais de uma sociedade capitalista, patriarcal, colonialista e racista. Estamos certas de que a opressão, dominação e exploração de gênero e raça não podem ser eliminadas sem eliminar a opressão de classe. Na construção do feminismo camponês e popular, a partir de nossa evolução e definição política, propusemos levantar com força a proposta de que desde nossa diversidade e auto-reconhecimento construamos o compromisso político de uma identidade feminista, camponesa e popular". Confira:
VII Congresso da Coordenadoria Latinoamericana de Organizações do Campo (CLOC), encerrado no dia 30 de junho na cidade de Havana, Cuba, divulga Declaração Política. O documento ressalta que "nosso plano de ação deve priorizar o trabalho de base e a organização popular, a formação política ideológica e o desenvolvimento da comunicação popular para enfrentar o agronegócio e a privatização das sementes, e avançar para territórios livres de capital financeiro, transgênicos e agrotóxicos, onde a produção agroecológica forje a Soberania Alimentar respeitando mãe terra". Confira o documento na íntegra: