No dia 09/08/1995, às duas horas da madrugada, 300 policiais do COE (tropa de elite) investem contra o acampamento de ocupação da Fazenda Santa Elina, em Corumbiara (RO) com bombas e tiroteio por cerca de quatro horas. Dois policiais morreram no confronto, diante da reação dos trabalhadores, pegos de surpresa enquanto dormiam. Do lado dos sem terra, a notícia das mortes foi mais complicada. Aproximadamente 20 trabalhadores desaparecidos, 350 lavradores gravemente feridos, 200 presos e 8 mortos, incluindo uma criança: Vanessa dos Santos Silva (criança), Nelsi Ferreira, Enio Rocha Borges, José Marcondes da Silva, Ercílio Oliveira Campos, Odilon Feliciano, Ari Pinheiro Santos e Alcino Correia da Silva.
Perícia apontou casos de execução entre os mortos e de espancamento entre os sobreviventes. Relatos apontam que foram arrastados, pisoteados, enfileirados e chutados, além de receberem tiros na orelha e em várias partes do corpo, mesmo em pessoas com necessidades especiais. Até o final da década, foram intensas as mobilizações pelo julgamento e para que o massacre de Corumbiara não fosse esquecido.
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