O Código Florestal brasileiro nasce uem 1934. Ali está seu nervo central. Mas, já nasceu pela preocupação de tantos naturalistas que, já naquela época, sabiam perfeitamente da interface das florestas com ciclo das águas, inclusive de sua agressividade a terrenos e territórios desprovidos de vegetação, provocando enchentes e erosões. Era também a manifestação do cuidado com as florestas, já em processo de dizimação.
Artigo de Roberto Malvezzi (Gogó), da CPT
Hoje, quatro de outubro, é dia de São Francisco. O santo dos pássaros, peixes, pobres, o primeiro ser humano que percebeu e leu a natureza como uma irmandade coesa e interdependente.É o dia também que Américo Vespúcio, em 1501, ao fazer uma viagem de reconhecimento na costa brasileira, chegou à foz de um grande rio. O rio era chamado pelos nativos de Opará, o “rio-mar”. Então, batizou o rio com o nome do santo.
Apesar dos pesares, o Brasil está melhor. Melhorou o índice da educação. Nossa mortalidade infantil caiu de 58 por mil em 1990 para 16 por mil em 2010. A seca do Nordeste continua como pede a natureza, mas já não temos saques, migrações intensas, nem mortalidade infantil ao nível de genocídio. Uma boa parte do povo saiu da miséria. Nosso déficit habitacional caiu de sete milhões de casas para cerca de 5,5 milhões.
A derrota imposta pelos ruralistas ao conjunto da sociedade brasileira, ao aprovar o novo Código Florestal (Código dos Ruralistas) é a mais humilhante que já conheci nesses 35 anos de militância social. Nunca, nem na ditadura, a sociedade foi humilhada dessa forma. Eles conseguiram absolutamente tudo que queriam.
Texto de Roberto Malvezzi (Gogó), da CPT
De um modo geral, os setores de esquerda "passaram batido" com a armadilha fundiária e territorial contida no novo Código Florestal aprovado pelo Congresso, fruto das articulações de alguns setores ambientalistas e do capital financeiro, com a reverência da bancada ruralista.
Artigo de Gerson Teixeira publicado no jornal Valor Econômico.
O Ministro Ayres Britto é um nordestino de Propriá, Sergipe. Na sua região de origem é considerado um homem íntegro, ligado às causas justas, inclusive por pessoas ligadas aos movimentos sociais de Igreja. Não foi sempre assim. Seu pai foi um coronel sergipano, mas ele percorreu outros caminhos. Por isso, ao condenar alguns réus do mensalão, afirmou em outras palavras que ficava com um “um gosto de jiló na garganta”. Mas o Ministro acha que cumpriu seu dever e condenou os réus por ver nos autos provas reais contra os acusados.