A Comissão Pastoral da Terra (CPT) registrou no ano de 2016 o total de 1.295 conflitos por terra (o número total de conflitos por terra é a soma de três variáveis: Ocupações - Acampamentos -Ocorrências de Conflito. E foram 1.079 ocorrências de conflitos – onde houve alguma forma de violência –, é o número mais elevado desde quando a CPT iniciou a pesquisa, em 1985. Somente na Bahia foram 132 conflitos por terra, um aumento de 75% em relação a 2015. 61 pessoas foram assassinadas no país ano passado, 22% a mais do que em 2015 e o maior número desde 2003. Quatro delas em território baiano.
(Fonte: CPT Bahia)
Na questão da terra, o estado da Bahia foi o terceiro mais conflitivo do Brasil, superando o Pará, por exemplo. Esses e outros dados serão apresentados pela CPT Regional Bahia no lançamento da publicação Conflitos no Campo 2016 na próxima quinta-feira (27), às 14h, no Auditório Yeda do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador.
É a 32ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos por terra, água e trabalhista; e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro, incluindo indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais em todo o Brasil. O objetivo do lançamento é alertar a população baiana e denunciar o aumento da violência e conflitos no campo.
Programação
O lançamento contará com a participação de líderes de comunidades vítimas de conflitos na Bahia. Na ocasião, também será lançada a revista “No Rastro da Grilagem” da Associação de Advogados/as de Trabalhadores/as Rurais – AATR. Esse é um evento em parceria com o grupo de pesquisa Geografar, do curso de pós-graduação em Geografia e Economia da UFBA, do Centro de Estudos e Ação Social – CEAS e diversas outras entidades sociais.
Mais informações: CPT Bahia (71) 3328-4672 / 3328-4683