COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

A empresa Marca Vigilância foi contratada por fazendeiros para ameaçar e expulsar moradores de área ribeirinha que pertence à União. Entre os contratantes estão Rafael Bemerguy Sefer, filho do ex-deputado estadual Luiz Sefer, Marcos Antonio Fachetti, proprietário de outra fazenda, e seu filho Marcos Antonio Fachetti Filho.

Fonte: MPF-Pará | Imagem: Andrés Pasquis 

Famílias apavoradas procuraram o Ministério Público Federal (MPF) em Marabá nos últimos dez dias. Moradores ribeirinhos de três áreas às margens do Rio Tocantins conhecidas como: Lago dos Macacos, Comunidade Flor do Brasil e o Projeto de Assentamento (P. A.) Diamante, os dois últimos com assentados com títulos de uso de suas terras, e o primeiro em processo de autorização pela Secretaria de Patrimônio da União. 

Eles vivem um cotidiano de pesadelos desde que fazendeiros vizinhos, com o objetivo de expandir suas terras, contrataram a empresa Marca Vigilância e passaram a invadir os pequenos lotes dos ribeirinhos e ameaçá-los, apontando armas até para crianças, ordenando que saíssem de suas casas, chegando, inclusive, a atear fogo em alguns barracos. Concomitantemente a isso, os fazendeiros contratam um trator de esteira abrindo caminho em meio à vegetação, destruindo plantações, com possível impacto ambiental de substancial proporção.

LEIA TAMBÉM: Conflitos no Campo Brasil 2018

Decretado fechamento de empresa de segurança envolvida em mortes de lideranças indígenas em MS

Segurança da Fazenda Estrondo invade território e atira em membro da comunidade Geraizeira de Formosa do Rio Preto (BA)

Na última semana de setembro, a pedido do MPF, uma equipe da Polícia Rodoviária Federal prontamente se dirigiu ao local e flagrou oito homens, supostamente contratados da empresa Marca Vigilância, fazendo uma barreira armada na estrada que leva à comunidade ribeirinha, impedindo que moradores saíssem ou voltassem para suas casas. A barreira ficava localizada em uma área que não pertence a nenhuma das fazendas, em terras da União.

As armas dos vigilantes foram apreendidas e foi feita uma certidão de ocorrência, mas para cessar as violências contra os assentados, o MPF ajuizou um pedido cautelar para suspender o contrato de prestação de serviços da Marca Vigilância e paralisar todas as atividades de demarcação e expansão das fazendas.

Save
Cookies user preferences
We use cookies to ensure you to get the best experience on our website. If you decline the use of cookies, this website may not function as expected.
Accept all
Decline all
Read more
Analytics
Tools used to analyze the data to measure the effectiveness of a website and to understand how it works.
Google Analytics
Accept
Decline
Unknown
Unknown
Accept
Decline