Vinte homens de uma empresa de segurança privada, alguns encapuzados e armados, com três policiais e um oficial de justiça chegaram ao acampamento e aterrorizaram as famílias.
(Por Reynaldo Costa, Da Página do MST | Imagens: Reprodução/MST)
Depois de quase 24 horas sob o cerco de uma milícia armada, o Acampamento Marielle Franco, em Itinga, no Maranhão, se mantém firme e cada vez mais forte.
Tudo começou nesta sexta-feira (29/06) por volta das 16h quando cerca de vinte homens de uma empresa de segurança privada, alguns encapuzados e armados, com mais três policiais e um oficial de justiça chegaram ao acampamento aterrorizaram as famílias com pressão psicológica.
Como não conseguiram o despejo, mantiveram as famílias presas com as cancelas de acesso ao acampamento trancadas e com jagunços armado durante toda a noite.
Neste sábado (30/06) pela manhã mais milicianos entraram para tentar retirar as famílias de qualquer jeito. As famílias resistiram até que um grupo de militantes de direitos humanos acompanhados por uma guarnição da Polícia Militar conseguiram chegar ao acampamento.
LEIA TAMBÉM: Conflitos no Campo Brasil 2017
NOTA PÚBLICA: Violência do Judiciário - TRF 1ª Região emite ordem de despejo a 96 famílias em MT
Comunidades Impactadas pelo agronegócio no Piauí criam Coletivo de Resistência e unificam lutas
O comando da guarnição apurou informações e disse que os policiais envolvidos responderão a processos administrativos, já que os mesmos não tinham autorização do comando da Polícia Militar na região.
Apesar da resistência, o clima ainda é de tensão, pois a Empresa Viena Siderúrgica mantém um dos acessos ao acampamento fechados.
O Acampamento Marielle Franco ocupa há 21 dias uma área pública que está em situação de grilagem pela empresa Viena. A decisão das 130 famílias que ocupam a terra é de manter a resistência até que o Incra faça vistoria na área.
*Editado por Rafael Soriano