O Atlas de Conflitos na Amazônia foi lançado nesta última quinta-feira, 30, na sede da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em Manaus, no estado do Amazonas. Cerca de 50 pessoas participaram desse momento, entre religiosos e religiosas, trabalhadores e trabalhadoras, agentes de pastoral, integrantes de movimentos sociais, e membros da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam).
(Fonte: Assessoria de Comunicação da CPT)
Arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Eduardo Castriani esteve presente no evento, e ressaltou a importância da publicação e afirmou que a “a igreja se compromete com fortalecer a CPT”.
A publicação é uma iniciativa da Articulação das CPT’s da Amazônia – projeto da CPT que reúne os nove Regionais presentes na Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Tocantins, Pará, Rondônia, Roraima e partes dos estados de Maranhão e Mato Grosso. E tem como objetivo visibilizar, principalmente através de mapas, os conflitos no campo presentes nestes estados.
O livro será disponibilizado para download no site da CPT no dia 22 de janeiro de 2018.
Mapeamento
A Amazônia tem destaque no aumento da violência no campo no Brasil nos últimos anos. Em 2016, foram registrados 61 assassinatos por conflitos no campo no país, sendo que 48 destes assassinatos ocorreram na Amazônia Legal. Neste ano de 2017, já foram registrados 64 assassinatos em conflitos no campo, até o momento, sendo 49 nessa região.
Os dados acima são disponibilizados anualmente pela CPT em sua publicação impressa e digital “Conflitos no Campo Brasil”. Já o “Atlas de Conflitos na Amazônia” traz uma proposta metodológica diferente, pois mostra os conflitos que permaneceram vigentes nos últimos anos nesta região.
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A partir de um alinhamento técnico com o Centro de Documentação Dom Tomás Balduino, da CPT, e com a assessoria do geógrafo e professor da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes-MG), Gustavo Ferreira Cepolini, cada regional da CPT contribuiu no levantamento dos dados e informações para o Atlas, registrando detalhes como: municípios onde o conflito estava localizado, nome da comunidade, número de famílias impactadas, identidade (posseiros, sem-terra, indígenas, quilombolas etc.), com quem disputavam seus territórios, e outros.