O Grito do Semiárido Piauiense – luta popular de agricultores e agricultoras familiares e entidades sociais do Piauí – surgiu no ano de 2011 com a iniciativa da Diocese de São Raimundo Nonato e do Fórum Piauiense de Convivência com Semiárido (FPCSA) de convocar as representações das paróquias e dos setores pastorais, serviços, movimentos sociais, organizações não governamentais e organismos da Diocese de São Raimundo Nonato para discutir as consequências da seca na região.
(Fonte: CPT Piauí)
Hoje, o Grito do Semiárido Piauiense configura-se em outra direção, na expectativa de desencadear uma agenda de esclarecimentos e providências relativas aos direitos das comunidades à terra e à água.
Esse ano o Grito tem o intuito de pautar mais uma vez a problemática da mineração e a ausência de políticas públicas para o Semiárido. Dessa vez, haverá um processo de informação e formação para as famílias que estão nas áreas de atuação das empresas de mineração. Lideranças dessas comunidades e entidades que atuam na região participarão do curso promovido pelo Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM).
O curso tem como objetivo debater sobre a questão mineral e a importância da organização pública para assim criar subsídios aos povos atingidos para falar, denunciar e ir à luta por seus direitos.
O MAM surge de uma acumulação da experiência de espoliação histórica da mineração no Brasil, alinhada às últimas lutas amazônicas em torno da expansão da mineração na região de Carajás e em outros pontos da Amazônia. É um movimento popular não conjuntural, mas que incide perenemente no processo político brasileiro, no que tange às destinações e apropriações dos bens naturais desse País. Atualmente, o movimento se organiza em nove estados e mais o Distrito Federal. São eles: Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins.
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Entidades participantes da mobilização do 7º Grito do Semiárido:
Associação do Quilombo Lagoas; Associações das comunidades do Morro do Mel; Associação de Agricultores pelo Selo do Produto Orgânico – APASPI; Caritas Diocesana de São Raimundo Nonato; Comissão Pastoral da Terra – CPT; Coletivo Antônia Flor – Assessoria Técnica Popular em Direitos Humanos; Centro Popular de São Raimundo Nonato; COOTAPI & ASSOCIADOS; Comitê de Controle Social e Políticas Públicas do Território Serra da Capivara; Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido – FPCSA; Movimento Desperta São Raimundo; Associação de condutores de Visitantes Ecoturístico da Serra da Capivara – ACOVESC; Polo Sindical de São Raimundo Nonato – FETAG, SINDSERM/SRN.
Confira a programação: