COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Os participantes do III Congresso Nacional da CPT, reunidos em Montes Claros (MG), passaram a manhã de hoje, dia 18, dedicados à análise da conjuntura sociopolítica e econômica brasileira e refletindo sobre os desafios para os camponeses e movimentos sociais do país. Esteve presente na plenária, para contribuir com a análise, o Pesquisador César Sanson, do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores, o CEPAT.

César Sanson, contribuiu com a análise da questão ambiental. Foto: João Zinclar.Na plenária o pesquisador destacou a importância de debater as questões ambientais, que estão diretamente ligadas às questões econômicas e sociais do país na atualidade. “Os problemas ambientais enfrentados hoje pela humanidade são uma das mais graves consequências do modelo econômico e expressam as contradições e a inviabilidade da continuação do modelo de produção existente hoje no Brasil e no mundo”. Na análise ressaltou-se, ainda, que hoje existe no país um fortalecimento cada vez maior de um estado neodesenvolvimentista, que investe e financia grandes projetos de desenvolvimento a qualquer custo, tendo programas de mitigação da pobreza apenas para compensar a população atingida pela concentração de terras e de riqueza, mas que mascaram a necessidade de modificações do modelo de produção que explora os trabalhadores e os recursos naturais.

Os trabalhadores e os movimentos sociais são hoje os principais protagonistas na construção de um projeto popular que contraponha o atual modelo de produção, destaca o pesquisador. Em depoimento durante a plenária, o quilombola Manoel Santana, da comunidade Charco, localizada no município de São vicente Ferrer (MA) Manoel Santana, da comunidade Charco no Maranhão relembrou a história de luta dos quilombolas. Foto: João Zinclar.mostrou o exemplo de luta e resistência das comunidades tradicionais contra esse atual  modelo de produção. Manoel relembrou a história de luta das 92 famílias da comunidade para garantir o reconhecimento do território quilombola. Hoje, após o direito à terra já estar garantido, a luta da comunidade agora é contra as pressões dos latifúndios da região. Todo o entorno da comunidade já foi desmatada pelos grandes proprietários e a comunidade, cercada por monocultivos, resiste, mostrando ser possível outra forma de relação com a terra e com o meio ambiente.      

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