Os presidentes Evo Morales e Rafael Correa participam da abertura oficial do V Congresso da CLOC, na noite do 12 de outubro.
Sob gritos de “Evo amigo, o povo está contigo”, delegados e delegadas e presentes na inauguração do V Congresso da CLOC – Via Campesina, na noite do 12 de outubro, receberam o presidente Evo Morales, na tribuna de oradores do Congresso.
O presidente boliviano expressou o prazer ao receber a convocação para o V Congresso, na sua qualidade de membro fundador da CLOC. Lembrou, ainda, que a origem da CLOC se remonta à campanha de comemoração dos 500 anos de resistência indígena e popular, em 1992, até sua fundação em 1994. Desde então até hoje, a CLOC vem cumprindo um relevante papel na luta pela defesa da mãe terra e pelos direitos dos povos que a habitam.
Durante sua intervenção, o presidente Evo enfatizou o novo momento que vive a CLOC – VC, ao calor do avanço das lutas camponesas e populares e as alianças que se alcançaram com outros setores da sociedade, como os intelectuais e trabalhadores da cidade. “Nessa época, há uns anos atrás, nos pusemos como tarefa a consígnia ‘Da resistência à tomada do poder’. Companheiros, pelo menos na Bolívia, posso dizer missão cumprida” – expressou Morales, entusiasticamente, frente à massa que assisitiaá abertura do V Congresso de CLOC.
Após expressar sua solidariedade ao presidente equatoriano, Rafael Correa, devido às últimas tentativas de desestabilização no dia 30 de setembro, Evo provocou a todos delegados e delegadas do Congresso da CLOC a debater em profundidade a origem da onda de tentativas de golpes de Estado na América Latina, e sua relação com os interesses do capital e o Império em nossas diversas regiões.
Acrescentou, ainda, que a tarefa para os governos progressistas e os movimentos sociais é fortalecer a capacidade dos povos para dizer não ao saque de nossos recursos pelos norteamericanos, e transformar radicalmente toda a institucionalidade de nossos países, que até agora se comportou de maneira servil com os interesses norteamericanos.
Para Evo, a presente fase na América Latina, nos leva muito além da resistência. “Da rebelião à revolução, e da revolução à descolonização da América Latina”, concluiu.