COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Fiscais do Ministério do Trabalho encontraram e resgataram 69 pessoas que eram submetidas a condições de trabalho análogas à escravidão em carvoarias de Goiás. A fiscalização aconteceu a partir de uma denúncia de tentativa de homicídio de um dos trabalhadores.

 


(Folha de São Paulo)

De acordo com o ministério, as 11 carvoarias pertencem a um grupo de sete pessoas da mesma família.

Entre as irregularidades apontadas pelos fiscais estão a falta de registro dos trabalhadores que, portanto, não recebiam benefícios como férias, descanso semanal, seguro para acidentes, entre outros.

Os carvoeiros também viviam e trabalhavam em condições precárias. Segundo a fiscalização, os trabalhadores não tinham equipamento de proteção individual, água potável, instalações sanitárias e alojamento adequado. Eles também teriam sido transportados de Minas Gerais para as carvoarias sem requerer ao ministério uma certidão declaratória para transporte de trabalhador, que é obrigatória.

As carvoarias ficam nos municípios de Santa Terezinha de Goiás, Crixás, Nova Crixás, Pilar de Goiás, Campos Verdes e Guarinos.

Os empregadores devem pagar verbas rescisórias de R$ 680,2 mil. Até agora, foram pagos R$ 205 mil, o restante será cobrado durante ação coletiva movida pelo Ministério Público do Trabalho. Eles receberão seguro-desemprego no valor de um salário mínimo, dividido em três parcelas.

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