O evento foi realizado entre os dias 10 e 14 de março, em Araguaína, no Tocantins, com a participação de agentes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) dos estados do Tocantins, Maranhão, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Pará, Minas Gerais e Ceará.
Fonte: Campanha da CPT “De olho aberto para não virar escravo”
A reunião contou com uma oficina sobre o desenvolvimento de metodologias e estratégias de trabalho de base com os grupos que as equipes da CPT atuam, como mulheres, juventude, acampados/as, assentados/as, bairros periféricos ligados ao campo, comunidades tradicionais, dentre outros.
Além da formação, os/as agentes da Pastoral da Terra planejaram ações a serem desenvolvidas de forma integrada com as demais equipes da pastoral.
Desde 1995 foram libertados no Brasil mais de 50 mil escravos
Iniciativa
A revelação da persistência do trabalho escravo no Brasil moderno tem a atuação da CPT. A primeira denúncia pública foi feita dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, em 1971. Por mais de 20 anos, o Estado negou a realidade assim denunciada, até que, por força das pressões internacionais impulsionadas pela CPT (na OEA, na OIT, na ONU), fosse criado um Grupo Móvel de Fiscalização, em 1995, e construída uma política nacional de erradicação do trabalho escravo, de 2003 em diante.
Nesta luta, a Campanha da CPT de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo “De olho aberto para não virar escravo” conta com várias parcerias, como: Repórter Brasil, Contag, MPT, MPF, OIT. Juntas, essas organizações e órgãos, buscam consolidar estratégias e conquistas, e resistir aos riscos de retrocesso, atuando também em alguns espaços públicos específicos, tais como a Conatrae e as Coetrae (Comissões pela Erradicação do Trabalho Escravo).
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