COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

O grupo de teatro “Artistas do Cerrado”, formado por agentes da CPT Goiás, encenou na manhã de hoje, 17 de novembro, no colégio estadual Lyceu de Goiânia (GO), a peça “O preço do homem é a liberdade”.

 

Seguindo o modelo do teatro do Oprimido, a peça é construída através da interação com o público. Estudantes secundaristas, que participaram do processo de produção e de debates sobre o tema da escravidão contemporânea, assistiram e interferiram nas cenas apresentadas pelo grupo.

 

Os agentes da CPT trabalharam durante dois meses com os estudantes do colégio Lyceu o tema da escravidão contemporânea, a realidade vivida pelos trabalhadores que acabam escravizados e as formas de denunciar essa prática. Além disso, o grupo trabalhou, também, a linguagem do teatro do oprimido com os jovens goianos.

 

 

Esse trabalho já foi apresentado pela CPT na cidade de Formosa (GO), entre os dias 10 e 13 de maio desse ano, para jovens entre 16 e 20 anos; em São Luís dos Montes Belos (GO) de 20 a 22 de junho, para adolescentes entre 13 e 16 anos. A peça será encenada, também, na cidade de Ipameri (GO), no próximo ano.

 

Jovens tentam libertar os trabalhadores

Na cena apresentada pelo grupo de teatro, um trabalhador rural, Dito, sem conseguir ter sua própria produção e endividado na venda local, decide abandonar a família e ir trabalhar em uma fazenda. Chegando lá descobre que as condições de trabalho são desumanas, o capataz agride os trabalhadores constantemente, e eles não possuem nem água potável para beber. Além disso, Dito ouve de outro trabalhador, o Lampião, que é impossível fugir da fazenda. O último que tentou fugir, sumiu e depois os outros trabalhadores encontraram sangue perto do córrego que passa na fazenda, próximo a um par de sapatos que seria do trabalhador.

 

Diante da cena alguns estudantes decidiram interferir. Um grupo optou por mudar a cena da saída de Dito de casa, convencendo-o de que há outras formas de tentar se manter, sem precisar ir para longe da família. Outro grupo decidiu que um dos trabalhadores deveria fugir e denunciar à polícia, trazendo a delegada para a fazenda para que ela pudesse ver as condições de trabalho a que eram submetidos. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

  

 

  

 

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