Com apoio de órgãos públicos e organizações, a cartilha “Trabalho Escravo Contemporâneo: Educar, para não escravizar” reúne produções didáticas de alunos da rede municipal de ensino da região. A publicação é um dos três projetos comunitários selecionados em 2012 que foram financiados pelo “Escravo, nem pensar!”
(Repórter Brasil)
No último dia 5 de dezembro, a Secretaria Municipal de Educação de Rio Maria (PA) e a Comissão Pastoral da Terra em Xinguara (PA) lançaram a cartilha “Trabalho Escravo Contemporâneo: Educar, para não escravizar”. A publicação reúne uma seleção de produções didáticas sobre trabalho escravo contemporâneo produzidas por alunos da rede municipal de ensino e contou com apoio da Procuradoria Regional do Trabalho da 8ª Região (Marabá – PA), Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTEP) de Rio Maria, Rádio Berokan FM e ONG Repórter Brasil.
O lançamento foi realizado na quadra de esportes da Escola Municipal Lucia Helena, em Rio Maria (PA). Participaram da mesa do evento representantes da Secretaria Municipal de Educação, Prefeitura, Comissão Pastoral da Terra e ONG Repórter Brasil. Após a apresentação do material, houve declamação de poemas, espetáculos de dança e uma roda de capoeira.
A cartilha é resultado do concurso municipal realizado com as produções didáticas desenvolvidas em três projetos comunitários financiados pelo Escravo, nem pensar!, em 2012. Na ocasião, as escolas abordaram o trabalho escravo de forma interdisciplinar, incentivando a criação de desenhos, poesias, textos dissertativos e paródias. Após o término dos trabalhos, o concurso elegeu, dentre as 12 escolas participantes, as melhores produções de cada modalidade de ensino.
A cartilha é uma importante ferramenta de registro e divulgação e poderá inspirar novas experiências educativas em relação ao trabalho escravo. Além de Rio Maria, os municípios de Xinguara e Marabá já lançaram, em 2007 e 2009, respectivamente, publicações semelhantes.
