COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

A Comissão Pastoral da Terra (CPT/AP) realiza dia 16 de julho, terça-feira, às 15 horas, no auditório do Centro Diocesano de Pastoral, no bairro Jesus de Nazaré, o lançamento local da publicação anual, Conflitos no Campo Brasil 2018. É a 34ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro em 2018, neles inclusos indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais. O lançamento nacional ocorreu no mês de abril, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF).

(Com informações da CPT Amapá, CNBB e Pascom/AP)

A abertura da programação local será feita por representantes da CPT/AP, das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Programa de Pós Graduação em Geografia (PPGEO/Unifap), Fórum de Acompanhamento dos Conflitos Agrários (Facade), Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Amapá (Sindufap). Em seguida haverá a mesa sobre Resistência na e pela terra, com a participação de Sâmia Picanço, do Quilombo do Ambé; Jairo Palheta, da Frente Nacional de Lutas (FNL); Irineu Padilha, do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Afuá/PA, e do Padre Sisto Magro, da CPT/AP. Na ocasião serão destacados os números dos conflitos no Amapá e na Amazônia.
O Relatório Conflitos no Campo Brasil 2018 registrou 1.489 conflitos em 2018 ante os 1.431 de 2017, o que representa um aumento de 3,9%. A maioria destes conflitos, segundo Antônio Canuto, jornalista e colaborador da CPT, estão concentrados na região amazônica. Eles somam um total de cerca de 1 milhão de pessoas envolvidas, um aumento de 35,% em relação a 2017 que registrou o envolvimento de 708.520 pessoas envolvidas.

O relatório mostra que 2018, com 276 casos registrados, é o ano com o maior número de conflitos por água desde que a CPT começou o registro em separado dos conflitos por terra no ano de 2002. 73.693 famílias estão envolvidas nesses 276 conflitos por água; 85% delas são comunidades tradicionais. O número de conflitos é 40% maior do que em 2017 e o de famílias envolvidas, 108% maior.

Outros dados que chamam a atenção – 2.307 famílias foram expulsas do território. Esse número é 59% maior que o de 2017. Para a metodologia da CPT, expulsão é o ato de retirar da terra seus ocupantes, sem ordem judicial (despejo). Nesses casos, os responsáveis pela expulsão são, geralmente, fazendeiros, empresários, o suposto dono que, por conta própria, obriga as famílias a sair, principalmente através da pressão de jagunços e, muitas vezes, com a participação ilegal da própria polícia. Em grande parte, a expulsão se dá em terras griladas.

Save
Cookies user preferences
We use cookies to ensure you to get the best experience on our website. If you decline the use of cookies, this website may not function as expected.
Accept all
Decline all
Read more
Analytics
Tools used to analyze the data to measure the effectiveness of a website and to understand how it works.
Google Analytics
Accept
Decline
Unknown
Unknown
Accept
Decline