Este início de 2015 tem sido um tempo de incertezas, angústias e reiteradas esperanças que nascem e se alimentam da luta popular socioambiental. A presidenta Dilma Rousseff assumiu seu segundo mandato afirmando que o diálogo seria o seu principal compromisso. Novos governos estaduais acenaram com posturas semelhantes. O Congresso Nacional eleito, mais conservador do que nunca, gerou fundadas preocupações.
A Rede Brasileira de Justiça Ambiental – RBJA, dedicada à defesa dos direitos humanos, à promoção da igualdade e da justiça ambiental, vem a público, no Dia Mundial do Meio Ambiente, fazer um balanço do quadro institucional e político, denunciar o continuísmo e o retrocesso em questões que se configuram flagrantes injustiças ambientais, perscrutar horizontes e sugerir caminhos.
O momento impõe a todos e todas cavar trincheiras de resistência aos ataques aos direitos humanos, ao aprofundamento da desigualdade, à criminalização dos movimentos sociais, à espoliação dos territórios de inúmeros povos e comunidades, à busca sistemática de tornar desprezíveis ou invisíveis os que não se submetem às regras do jogo ditadas pelo poder.
Mas o momento também propicia – até porque as catástrofes econômicas, sociais, políticas e ambientais que se avolumam estão mostrando que “o rei está nu” – valorizar, aprofundar e apresentar à sociedade as práticas e ações que mostrem que o modelo de desenvolvimento que está em curso tem seus dias contados e que nosso futuro está se desenhando aqui e agora.
A RBJA renova seu compromisso de estar ao lado daqueles e daquelas que, nas cidades, nos campos e nas florestas, enfrentam a dura luta cotidiana para viver com justiça e dignidade. E se faz desejosa e aberta à constituição de uma ampla rede articulada e mobilizada em defesa da Vida.
Acesse a Carta na íntegra em anexo: