Mais de dois mil pesquisadores e professores assinaram o “Manifesto de Intelectuais em Apoio à Declaração das Organizações Sociais do Campo”, entregue ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, nesta semana. O documento apóia a decisão de 12 organizações e entidades, dentre elas a CPT, de atuarem em conjunto na defesa pela reforma agrária, pelos direitos territoriais e pela alimentação saudável.
Encabeçado por membros do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), o manifesto recebeu o apoio de intelectuais de várias regiões do país.Dentre as 2007 assinaturas do manifesto estão as de importantes pesquisadores de temáticas como questão agrária, campesinato, povos indígenas e meio ambiente. São antropólogos, agrônomos, cientistas políticos, jornalistas, dentre outros profissionais, que concordam ser urgente a efetiva realização da reforma agrária no país.
Segundo Carvalho, a união dos movimentos sociais é importante para que o país avance neste sentido. “A questão agrária e agrícola precisa e uma nova discussão. Esse é um debate muito atual dentro do governo e a pressão dos movimentos é importante”, afirma. Eles se comprometeu a entregar o manifesto à presidente Dilma Rousseff.
Embora reconheçam os avanços já conquistados, os intelectuais que assinam o manifesto cobram maiores esforços por parte do governo para o combate da violência no campo e para que os direitos dos povos da terra sejam respeitados.
As 12 organizações citadas no documento são a Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Cáritas Brasileira, Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento Camponês Popular (MCP), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Via Campesina Brasil.
Com informações da Carta Maior e Agencia Latinoamericana de Información