A Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada em junho, no Rio de Janeiro, deve incluir como um de seus pontos de debate uma nova forma de se medir o desenvolvimento das nações. A ideia é que os custos ambientais e sociais do crescimento econômico de um país façam parte desta conta, e não somente o Produto Interno Bruto (PIB).
O documento “Resilient People, Resilient Planet: A Future Worth Choosing” (Pessoas Resilientes, Planeta Resiliente: Um Futuro que vale a pena escolher), publicado recentemente pela Comissão de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global da Secretaria-geral da ONU aponta a incapacidade dos governos em promover o crescimento sustentável de fato. O relatório apresenta 56 recomendações para se atingir “um planeta sustentável, um sociedade justa e uma economia em crescimento”.Segundo o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, é preciso considerar a economia e também o bem estar da população e a sustentabilidade do meio ambiente. O coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Poder Local, Políticas Urbanas e Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), professor Perci Coelho de Souza, também defende a necessidade de equilíbrio. Ele acredita que o PIB é insuficiente para medir o desenvolvimento de um país e que o crescimento de fato só acontece com a diminuição da desigualdade social. Para o professor, é preciso combater os crimes ambientais, garantir que os anseios dos movimentos sociais sejam considerados nas decisões referentes ao país e adotar uma forma de produção de energia que seja social e ambientalmente responsável.
Com informações da Rede Brasil Atual e Valor Econômico