COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Nos dias 2 a 4 de maio teve início em Várzea Grande, Mato Grosso, a primeira turma do Curso de Jurista Populares, organizada pela Comissão Pastoral da Terra, regional Mato Grosso. O objetivo do curso é atender uma constante demanda por formação político-jurídica, tendo em vista a conjuntura de conflitos territoriais e socioambientais caracterizados essencialmente por violações a direitos fundamentais das camadas populares em nosso Estado.

 

 

Por Jaqueline Felipe e Paulo César Moreira Santos, da CPT-MT

O Curso é uma parceria da CPT com o Ministério Público do Trabalho da 23ª região e a Defensoria Pública do Estado. A elaboração e metodologia foi uma construção coletiva, buscando experiências da Bahia, do Tocantins e Piauí, como também de advogadas e advogados militantes das causas populares em nosso Estado. 

O curso será realizado em oito módulos, nos quais se refletirá sobre diversos temas relacionados ao Direito, com o foco na problemática agrária e numa perspectiva alternativa, como direito de resistência, direito alternativo, direito insurgente e outras noções importantes para as entidades e movimentos sociais.

A turma é composta de 53 participantes, representantes de diversos grupos do Estado, CPT, MST, MAB, MTA, Movimento 13 de Outubro, Associações, Sindicatos, Quilombolas, que vieram das regiões Norte, Noroeste, Sul, Araguaia e Baixada Cuiabana.

O Seminário de abertura foi assessorado pelo professor Alexandre Bernardino Costa, um dos colaboradores na criação do Curso de Extensão Universitária à Distância: O Direito Achado na Rua, Universidade de Brasília. A sua abordagem provocou a turma a partir da discussão sobre “As ideologias e o direito: enfim, o que é o direito? A serviço de quem está o direito?”. Refletimos sobre o peso de ideologias que mascaram e absolutizam uma noção sobre o Direito que se impõe como única e verdadeira.

Ainda no início do Seminário, no dia 2 de maio, a turma recebeu a notícia do falecimento do nosso bispo Tomás Balduíno, tão importante nas lutas camponesas e indígenas, como também na vida do CIMI e da CPT. A sua partida foi celebrada memoravelmente, com diversos testemunhos que emocionaram a todas e todos. Ao final do Seminário, num gesto de plena aclamação, a primeira turma do Curso de Juristas Populares decidiu que teria como nome “Turma dom Tomás Balduíno”.

 

 

 

Save
Cookies user preferences
We use cookies to ensure you to get the best experience on our website. If you decline the use of cookies, this website may not function as expected.
Accept all
Decline all
Read more
Analytics
Tools used to analyze the data to measure the effectiveness of a website and to understand how it works.
Google Analytics
Accept
Decline
Unknown
Unknown
Accept
Decline