COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Dom Ladislau Biernaski, presidente da CPT, faleceu no dia 13 de fevereiro de 2012, aos 74 anos, em decorrência de um câncer. "Temos certeza que carregava no seu coração a fidelidade a Jesus de Nazaré e a memória de inúmeros rostos de camponesas e camponeses que, ao longo de sua vida, amou, serviu e promoveu", resumiu Flávio Lazzarin, da coordenação nacional da CPT.

Dom Ladislau dedicou toda sua vida à Igreja e ao povo que sofre. Atuou como presidente da Pastoral Carcerária, da Pastoral do Menor, e da Comissão Pastoral da Terra - CPT. Filho de camponeses poloneses, Dom Ladislau, além do conhecimento teórico, viveu profundamente o drama de milhares de posseiros, pequenos agricultores e famílias sem terra. Para ele o latifúndio era a origem de desigualdades e das enormes injustiças no campo. Erguia sua voz para denunciar o trabalho escravo, a violência contra camponeses, indígenas, quilombolas e a criminalização de movimentos sociais. Acreditava e defendia a reforma agrária e a regularização fundiária, como caminhos para garantir paz e justiça no campo brasileiro. Propôs e defendeu o que se chamou no Brasil de Campanha pelo estabelecimento de um limite para a propriedade da terra no campo.

Era um agroecologista. Além de cultivar uma horta no quintal da sua casa, defendia a produção de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, sem transgênicos. Participava de Jornadas de Agroecologia, Feiras de Sementes Crioulas e sempre propunha que os agricultores e agricultoras deveriam ter acesso às escolas técnicas. Atento aos sinais dos tempos e das crises climáticas planetárias causadas pela ação do ser humano, denunciou as mudanças no Código Florestal com objetivo de anistiar devastadores das florestas e abrir ainda mais espaço para novos desmatamentos no país sempre em nome dos lucros do agronegócio.

Nas palavras de Flávio Lazzarin, da coordenação nacional da CPT:

“13 de fevereiro de 2013. Um ano atrás Dom Ladislau Biernarski, presidente da CPT, concluía a sua caminhada terrena e se apresentava ao mistério de Deus. Temos certeza que carregava no seu coração a fidelidade a Jesus de Nazaré e a memória de inúmeros rostos de camponesas e camponeses que, ao longo de sua vida, amou, serviu e promoveu. Fazemos memória dele e de seu testemunho de esperança e de luta, fazendo nossa a sua convicção de que o lugar  do campesinato não está nas saudosas recordações do passado, mas em protagonismos proféticos e insurgências decididas e mansas, para garantir o futuro da vida e da história da humanidade”.

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