Ao lembrarmos os 40 anos da CPT, trazemos à memória fatos e datas que não podem ser esquecidos.
Há 40 anos, em 1975:
• Foi morto pela Ditadura Civil-Militar, em São Paulo, no dia 25 de outubro, o jornalista Vladimir Herzog. Sua morte gerou fortes reações que marcaram o início do desmoronamento do regime militar.
Há 35 anos, em 1980, foram martirizados:
• No dia 24 de março, Dom Oscar Ranulfo Romero, arcebispo de San Salvador, El Salvador;
• No dia 29 de maio, Raimundo Ferreira Lima, o Gringo, agente de pastoral e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Conceição do Araguaia, PA;
• No dia 21 de julho, Wilson de Souza Pinheiro, liderança sindical em Basileia, AC;
• No dia 15 de agosto, José Francisco dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Correntes, PE.
Há 30 anos, em 1985, foram martirizados:
• No dia 28 de abril, irmã Cleusa Carolina Rody Coelho, religiosa agostiniana, defensora dos povos indígenas, em Lábrea, AM;
• No dia 24 de julho, Pe. Ezequiel Ramin, defensor dos “posseiros”, em Cacoal, RO;
• No dia 23 de outubro, Nativo da Natividade, líder sindical, em Carmo do Rio Verde, GO
• No dia18 de dezembro, João Canuto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Maria, PA.
Há 25 anos, em 1990, foram martirizados:
• No dia 22 de abril. Paulo e José Canuto, filhos de João Canuto, em Rio Maria, PA
Há 20 anos, em 1995:
• No dia 9 de agosto, na Fazenda Santa Elina, em Corumbiara, RO, foram assassinados nove trabalhadores, inclusive uma menina de sete anos, no que foi chamado de Massacre de Corumbiara.
Há 10 anos, em 2005, foi martirizada:
• No dia 12 de fevereiro, Irmã Dorothy Stang, agente da CPT, em Anapu, PA.
“A CPT não é apenas uma Comissão Pastoral da Terra. A CPT é, sobretudo e fundamentalmente, uma Comissão Pastoral da Vida. Os caminhos abertos pela CPT ainda não estão plenamente decifrados. Nós ainda não conhecemos todas as implicações que a fundação da CPT teve, tem e ainda terá na história social de nosso país. Não só na história das classes trabalhadoras rurais, mas também no conjunto da história social, ainda, até por implicação, na história do Estado e na história das classes dominantes. O caminho não está plenamente percorrido. Por isso nós podemos dizer que a trajetória desse sol está apenas no começo. E o sol ainda não se pôs.” (José de Souza Martins, 1997)